sexta-feira, dezembro 29, 2006

Músicas fora do baralho





Durante as minhas pesquisas pela Internet acabei por encontrar isto

http://en.wikipedia.org/wiki/
List_of_songs_deemed_inappropriate_by_Clear_Channel_following_the_
September_11%2C_2001_attacks


Basicamente é uma lista de canções que alguém considerou inapropriado passar após o 11 de Setembro de 2001. A lista era apenas uma sugestão e não uma imposição (diz o seu autor), mas nós sabemos como são as coisas na terra do tio sam, a terra da democracia, sim claro…. Democracia.

Imagino que muitas rádios terão cumprido a “sugestão”, mas nesta como noutra situação cabe a cada um de nós ter cuidado nas suas acções pois estas podem ferir a sensibilidade dos outros. Não deve ser nada agradável depois de testemunhar a queda das torres ligar o rádio e ouvir musicas como "Learn to Fly" dos Foo Fighters, Click Click Boom dos Saliva ou Crash Into me da Dave Matthews Band mas isso não pode nascer de uma imposição.

Só por curiosidade deixo-vos aqui algumas canções proscritas, algumas percebe-se logo como a canção Boom dos P.O.D. mas já tenho alguma dificuldade em entender o Ob-La-Di, Ob-La-Da dos beatlles! Claro que concordo que esta música esteja numa lista de músicas a não serem tocadas pois se a música é de fugir, mas o que é que tem a ver com o 11 de Setembro?? Ultrapassa-me…

Prémio merecido vai no entanto, sem qualquer margem para dúvida para os Rage Against The Machine, que viram todas as suas canções banidas…

terça-feira, dezembro 19, 2006

And the winner is........ me

Bem, pelos visto sou famoso, claro, se até saio na capa da revista Time.

Este ano, a figura do ano para a revista Time, são todos aqueles que usam a Internet, todos aqueles que de uma forma ou de outra colaboraram para tornar a Internet no mais poderoso meio de comunicação actual. No meu caso, tenho até mais pontos porque tenho um blog!

Para ser franco acho que isto foi uma saída airosa para a dificuldade que eles estavam a encontrar para escolher alguém para figura do ano. Mas até se saíram bem, a escolha é no mínimo original.

O meu primeiro contacto com a Internet foi na faculdade, a principio não liguei muito àquilo, mas com o tempo fui gostando cada vez mais, lazer, prazer, informação, tudo isso ao alcance de um clique. Da pornografia à fórmula para calcular volumes de barris, á mensagem a combinar o cinema, das notícias sobre o caso casa pia ao terramoto de izmit. A Internet é maior que o computador, mudou o mundo e as civilizações que com ela contactam, Eu seria uma pessoa diferente se não tivesse Internet.

Permitam-me uma alegoria. A Internet é um monstro. Um monstro de dimensões imensuráveis e que cresce de forma descontrolada a cada segundo que passa. Belo mas assustador.

Dito assim soa muito mau mas um monstro não é necessariamente algo mau. E porquê? Porque uma característica dos monstros é a dificuldade em serem controlados.

Estamos em plena idade da desinformação, políticos, empresas, lobbys e interesses diversos controlam os média dizem-nos o que pensar, o que gostar, o que comprar, mostram-nos os bons e os maus, fazem todo o trabalho por nós.

Mas a Internet….

A Internet ainda é livre, qualquer um pode ler escrever dizer o que pensa, desde um poema a um grito de fúria. Se é verdade que no mundo internetiano é difícil distinguir o certo do errado, do verdadeiro do falso, do natural do siliconado, também não deixa de ser verdade que a Internet é um espaço de afirmação das mentes livres.

Claro que nem tudo são rosas, está a nascer uma geração de hiper cultos mas que são sozinhos e infelizes, no meio de tanto mundo cibernético sabemos tudo sobre a aldeia dos índios brasileiros, mas apenas hoje pela manha reparamos que temos novos vizinhos, a senhora do 3 esquerdo morreu há 4 dias…

Estar sóbrio é cada vez mais importante!

Não deixa de ser interessante constatar que os séculos vão passando mas todos os progressos que conseguimos continuam a ser movidos pelos mesmos instintos básicos que controlam a humanidade desde o seu início, as necessidades de segurança, sexo, alimentação ou no caso especifico da Internet da necessidade de comunicar.

As árvores morrem de pé

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Deixem começar por apresentar-me como deve ser, Eu sou uma oliveira, tenho 6 metros de altura troncos frondosos e carregados de azeitonas e “apenas” 103 anos, embora não faça muito sentido para uma árvore contar os anos. Eu vivo num grande quintal com várias amigas minhas, também elas oliveiras, estou aqui com elas desde que me lembro. Tudo começou há umas décadas atrás quando fomos todas plantadas aqui por um senhor muito simpático. Ele cuidou sempre bem de nós, regando-nos, podando-nos e curando-nos sempre que era necessário de modo que hoje sou uma arvore adulta grande e orgulhosa nas minhas azeitonas.

A minha relação com os animais sempre foi pacífica desde as ovelhas que se vêm aqui para se roçar na minha casca até aos pássaros que me escolhem para fazer o seu ninho.

Já com o ser humano nem todos merecem o meu respeito, o senhor simpático que me plantou já não aparece faz muitos anos, mas os seus filhos, (presumo eu porque são parecidos) aparecem para tratar de mim, o que já não gosto é daqueles que vêm apanhar as azeitonas. Isto enche-se de gente a bater-me nos meus troncos, acreditem que não tem piada nenhuma, pior mesmo só aqueles imbecis que apenas vem junto de mim para satisfazer as suas necessidades fisiológicas, uns porcos!

Mas de um modo geral gosto de ser árvore a única coisa que não consigo fazer é andar por ai, conhecer outros sítios, mas ir para onde? Se gosto tanto do meu quintal e das minhas amigas que conheço á tantas décadas.

Mas hoje foi um dia diferente, esteve aqui o senhor simpático que trata de mim e outros seres humanos que nunca tinha visto, nunca entendi muito a linguagem dos humanos mas percebi que estavam a falar de mim, falavam de uma conduta de água, estranho, pensei eu, água nunca me faltou, as minhas raízes sempre foram eficientes… Discutiam também dinheiro, o meu tratador queria 160, mas os senhores antipáticos só queriam dar 80. Não percebo estes humanos, sempre á volta com dinheiro, eu nunca me neguei em entregar as minhas azeitonas, só queria que não me batessem tanto.

Isto foi de manha, à tarde antes mesmo do por do sol chegaram uns tipos mal encarados armados de serras e começaram a cortar os meus troncos. As árvores não choram mas se chorassem esta seria uma boa altura para tal, as minhas lágrimas não seriam de dor enquanto me dilaceravam os troncos mas de raiva por ter sido trocada por um punhado de euros. Tantos anos, tantas décadas a oferecer sombras, a entregar os meus frutos e a alimentar famílias e agora por apenas 80 euros jazo aqui no chão em centenas de bocadinhos de madeira…

As árvores morrem de pé…. Mas algumas não.

domingo, novembro 19, 2006

melodias

Já comecei a ouvir músicas de natal. Estou a ficar assustado com o que ainda está para vir já ali ao virar da esquina.

Mas desta vez vou optar por uma abordagem proactiva, aproveitando coisas que roubei de outro blog, decidi combater as músicas de natal com musica a sério!

Se repararem no fim do blog mesmo por baixo da meteorologia aparece agora uma miúda com uns brincos espalhafatosos e agarrada a uma guitarra. Não é mais que um link para uma rádio alternativa que passa indie pop rock. Para ouvirem basta clicarem na rapariga dos brincos e fazerem donwload do ficheiro. Este ficheiro não é mais que uma playlist que irá abrir num programa de média (o meu é o foobar 2000. também podem ouvir no winwamp no itunes ou no meu adorado vlc (que é um programa que abre tudo).

Mais dois comentários, esta rádio, a somafm é alternativa por isso não esperem encontrar alguém que conheçam, aliás, deixem-me dizer que se conhecerem algum dos músicos vocês precisam de internamento! No entanto do que tenho ouvido a rádio é muito boa, se não gostarem paciência, a gerência não se responsabiliza.

Aproveitem para dar uma saltada no sítio deles http://somafm.com/ Se não gostarem de indie/pop/rock sempre podem encontrar um sapato que sirva melhor ao vosso pé!

Vamos lá, abaixo as musicas de natal!!

sábado, novembro 11, 2006

Para Sul a todo o vapor

Este post esteve para não ser escrito…


Quem me conhece sabe que eu não guio depressa, existem cinco razões para tal, muito tempo sem guiar, carro velhinho, as multas, a poupança de gasolina e a prudência que se exige quando existem vidas em jogo.

No entanto houve alturas em que tive de me deslocar mais depressa, e a ultima foi esta sexta, por razões que agora não interessam tive de me deslocar a Aljustrel, estando eu em alter do chão (que também fica no Alentejo) podíamos ser levados a pensar que a viagem seria curta e rápida. Mas não, olhem bem para o mapa de Portugal, o Alentejo engana…

Como vou devagar costumo sair mais cedo para não chegar tarde, pode-se dizer que sou pontual. Contudo o trabalho e a ausência de stress não deixou que me pusesse a caminho mais cedo e a dada altura cheguei á conclusão que iria chegar atrasado.

Foi ai que animado por uma vontade indomável comecei a acelerar como se fosse salvar o pai da forca, completamente possuído, passei 3 vermelhos, fiz 2 ultrapassagens sobre o traço continuo, esse mito que aliás foi pisado inúmeras vezes, andei a 140 em sítios onde não podia dar mais de 70 ia-me despistando algumas vezes em curvas mal medidas, (sim, o Alentejo também tem curvas). Estava tão alucinado que quando olhei para a tabuleta Aljustrel 33 pensei (António, tens de fazer 33km em 10 minutos, achas que consegues? Acho que não, mas vou tentar….) quando cheguei a Ervidel reparei que tinha feito 15km em 10 minutos e não contive uma sonora gargalhada quando fiz as contas à velocidade que teria de ir para fazer 30km em dez minutos eheh. Pensam vocês 150km/h é ir parado. Bom, isso depende da estrada…. E mais não digo…

E isto tudo para quê?

Interessa? Existe algum motivo que justifique uma condução suicida? Dinheiro? Não me ocorre outra pior, a verdade é que cheguei ao destino apenas 5 minutos atrasado mas depois de pensar mais friamente no assunto acho que arrisquei a vida de forma desnecessária.

Contudo, não posso acabar este post sem deixar um voto de louvor para o meu carrito, um corsa série A com 17 anos, trava mal, tem folgas no motor, as portas custam a abrir tem um rolamento estragado, faz barulhos estranhos e se tiver mais de um ocupante já se queixa. Mas nunca, nunca me deixou mal…..

domingo, novembro 05, 2006

Produções horror apresentam

Produções horror apresentam...

A hora mais traumatizante da televisão portuguesa! 18:00 – 19:00

RTP 1 O preço certo
TV 2 A fé dos Homens
SIC Floribela
TVI Morangos com açúcar

TV Cabo volta, estás perdoada...

domingo, outubro 29, 2006

Sobre carris

Faz hoje 150 anos que começaram a circular comboios em Portugal

Eu amo comboios, tenho um fetish por estações de comboio que fotografo sempre que passo numa, adoro o cheiro a carril e o silêncio que fica após a partida de um comboio e que faz (nessa altura) de uma estação de comboio o sítio mais sozinho do mundo. Adoro viajar de comboios mas sou uma péssima companhia de viagem, porque passo todo o tempo colado á janela, qual puto pequeno.

É pena que quem tenha poder não pense como eu, durante anos deu-se cabo das nossas linhas, abandonaram-se estações esqueceram-se povoações, isto revolta-me bastante, parece como ouvi noutro dia, que só existe pais desde a praia até 20km para dentro, o resto é um fardo que infelizmente se tem de suportar

A filosofia da cp é: Não temos passageiros, não é rentável manter a linha fecha-se a linha. Ao invés deviam pensar: Temos poucos passageiros, temos de melhorar as condições de modo a atrair utentes e assim tornar a linha rentável…

Hoje fala-se em TGV, apesar de ser bom para mim e para os meus pares (o TGV é bicho que não gosta de curvas) vai ser mau para o país. Pode ser que não se torne um elefante branco, depende da cor com que for pintado, é caro e vai parar em demasiadas estações, para mim só fazia sentido fazer a ligação a Madrid. Mas como é que se pode falar em TGV quando não se tem todas as capitais de distrito ligadas por comboio, ou com ligações decentes? Tudo isto me soa a ridículo. Mas longe de mim ficar surpreendido, eu já não tenho idade para isso.

Mas pronto, a cp está á altura do pais, bem que podiam vender a estações antigas para hotéis ou outra coisa qualquer, ou fazer ciclo vias nos antigos trajectos, não custava nada, apenas um pouco de vistas mais largas…

Se me pedissem para fazer uma alegoria ao abandono e esquecimento, ao fim da civilização, nada seria melhor do que a imagem abaixo

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segunda-feira, outubro 23, 2006

Mau tempo no canal

No fim de semana passado fui escalar para Montejunto com o pessoal que se exalta por tudo e por nada, e sabem porquê? Porque passam a vida a trepar pelas paredes! Lol….

Piada seca aparte parecia que o fim-de-semana ia ser tudo menos seco. Desde quarta a sábado o sol esteve radioso, mas para domingo previa-se um vendável dos antigos… Que raiva, pensei eu, um sol maravilhoso por estes dias e quando é preciso bom tempo para se escalar… chove… que pouca sorte.

Como sei que é comum haver erros com o tempo corri tudo o que é site de meteorologia para ver se iria mesmo chover, devo ter consultado uns 20 sites. Estava tão obcecado que chegava a consultar o mesmo site varias vezes numa hora só para ver se o ícone mudava de chuva para sol (nebulado também servia), mas nada, todos eram implacáveis, domingo iria chover.

Mas como já dizia um amigo meu, ser metereologista é uma profissão bastante ingrata porque estão sempre a falhar, é uma vergonha, bem sei que o tempo anda doido, mas também há com cada barrete que faz favor. Naturalmente não choveu no domingo, pelos menos não antes das 8 da noite que foi o que bastou para uma excelente dia de escalada.

Começo a pensar que mais acertam os astrólogos que o pessoal do tempo.

No entanto justiça seja feita para o site www.fnmoc.com que é o único site em que a marinha portuguesa se fia, e com razão, foi o único que deu palpites certos.

Agora sempre que quero realmente saber o tempo que vai fazer é lá que irei, não é um site fácil de perceber mas que acerta, acerta.

Entretanto vou manter o link para o weatherunderground por razões estéticas e porque sempre diz as horas do nascer e do ocaso solar. Isso é garantido que acertam, mas também isso já é astronomia!

quarta-feira, setembro 27, 2006

Profissão, desempregado

E pela segunda vez em menos de 1 ano vejo-me novamente sem emprego e muito feliz por isso. cá para mim o que eu gosto mesmo é de estar desempregado.

Informação desnecessária II

Fango é a palavra italiana para lama, mud no inglês.

Ganhei tanta aversão à palavra que estou a pensar deixar de comer frango só porque é parecido.

Grrr

Atropelado pelo traço continuo

Quando andava no secundário havia um jornal que se chamava jornal do incrível, a ideia era noticiar acontecimentos irreais mas (verdadeiros)? O jornal era hilariante, tinha algumas notícias verdadeiramente absurdas. Uma delas nunca esqueci, era a de um homem que tinha sido atropelado pelo traço contínuo! Sim leram bem, o traço contínuo das estradas, tinham até uma fotografia, nela podia ver-se um homem deitado na estrada com a dita marca rodoviária desenhada por cima dele.

Não sei se é para rir ou para chorar, mas esta notícia existiu mesmo.

Vem isto a propósito do quê? Ao viajar pelas estradas italianas pensava para comigo mesmo, esta noticia não seria sequer compreendida pelo italianos, eles nunca pensariam no ridículo da questão, na inverosimilhança de tal acontecer, a única dúvida que um italiano teria ao ler o jornal seria (o que é essa coisa de traço continuo?). É que para os italianos não existem traços contínuos, ou qualquer outro tipo de sinalização rodoviária, sejam passadeiras, sinais vermelhos, estradas com dois sentidos, o que quer que seja, desde que haja carro e gasolina tudo é permitido. Eu mesmo ia sendo atropelado por uma mulher que andava de bicicleta, uma mão no guiador outra no telemóvel e ala que se faz tarde, ela nem me viu…

Os italianos sempre tiveram fama de guiarem mal mas como pude comprovar do proveito também não se livram…

segunda-feira, setembro 25, 2006

O metro de milão

Deixem-me dizer-vos uma coisa sobre o metro de Milão…. É horroroso!!

Para chegar a São Guiliano Milanese tive de apanhar um metro desde a estação de Milão central até á estação de São Donato, a linha amarela, aquela que supostamente até é a melhor, a mais posh…

Já vos disse que o metro de Milão é horroroso?

É enorme, como qualquer metro de qualquer cidade europeia que se preze, Londres, Paris, Madrid. Deve fazer 3 ou 4 vezes o metro de Lisboa.

E como o metro de paris tem as estações todas iguais. Lembro-me de uma discussão que tive há uns tempos atrás acerca deste assunto em que este argumento saltou para a mesa

“ Pois, as nossas estações são todas personalizadas, todas diferentes e bastante bonitas ao contrário dos outros metros, sim, mas com o preço que elas custam fazíamos muito mais túnel e mais estações e estaria muito mais desenvolvido do que está hoje”

Isto pôs me a pensar… é verdade, fazia-se como as escolas do Salazar, todas iguais, poupava-se no arquitecto, no projecto, nos materiais, era só a ganhar. Este argumento convenceu-me.

Depois entrei no metro de Milão…

As estações são todas iguais, impera o cinzento do betão, uma faixa com a cor da linha e com o nome do sítio e ala que para a frente é que é caminho.

Os comboios estão a cair de podre, são cor amarelo vómito e fazem imenso barulho, fazem tanto barulho que é difícil ouvirmo-nos a pensar…

Onde é que está a higiene e segurança no trabalho? Ali é que devia estar e não a chatear o pessoal das obras! Estou certo que se lá fossem encerravam o estamine. A razão porque o metro é tão barulhento é fácil de perceber, o comboio não tem ar condicionado pelo que para a atmosfera ser suportável é necessário levar as janelas abertas. Ok as vias respiratórias agradecem, mas os ouvidos…

Bastaram duas estações para começar a suspirar pelo metro lisboeta… que saudades da estação do parque, da baixa chiado, do campo grande, ou da estação das Olaias, que para mim é a mais bonita de todo o metro.

Podemos não ter o maior metro das redondezas mas temos sem dúvida o mais bonito, posso mesmo dizer que temos de ir até Moscovo para encontrar um metro que rivalize com o nosso.

O metro de Lisboa é uma autêntica obra de arte.

domingo, setembro 24, 2006

Pé no travão

Foi recentemente decidido que a velocidade nas autoestradas vai ser reduzida. A razão apontada pelo governo é que esta é uma medida necessária para reduzir as emissões de CO2 de modo a respeitar o protocolo de quioto.

Até aqui tudo bem o problema é que a redução de velocidade vai se de apenas 2 km/h! Deste modo a velocidade permitida será de apenas 118km/h face aos anteriores 120km/h.

É de perguntar se esta gente regula bem da cabeça! Mas alguém realmente acredita que os condutores irão reduzir a velocidade? Mesmo que conseguissem, sim, porque os actuais velocímetros não têm definição suficiente para distinguir apenas 2 km. Mas isto já para não falar no ridículo da medida.

Aquilo que mais faz falta a qualquer governo, e diga-se de passagem, a muito boa gente, é o bom senso. Eu estou mesmo a ver como isto tudo se passou. O ministério do ambiente foi apertado (epá, não podemos fazer como os américas, já que o assinámos temos mesmo de cumpri-lo, que chatice…) houve então uma cabecinha pensadora que se lembrou que se os carros andassem mais devagar o seu consumo energético seria menor e consequentemente iriam emitir menos gases nocivos.

A partir daqui entrou em cena a regra de três simples, se 1 carro a 120km/h gasta 100% de CO2 então para gastar 98% tem de andar a y velocidade. Chega-se assim ao lapidar valor de 118km/h…

Haja bom senso…

Como Icaro

Fiz finalmente o meu baptismo de voo, num voo da TAP entre Lisboa e Milão, era suposto fazer um post a descrever as imagens maravilhosas que vi, mas não tenho palavras para o fazer, por isso nem vou sequer fazer um esforço.

sábado, setembro 09, 2006

Leaving

Space Oddity, David Bowie


Ground control to major tom
Ground control to major tom
Take your protein pills and put your helmet on

Ground control to major tom
Commencing countdown, engines on
Check ignition and may gods love be with you

Ten, nine, eight, seven, six, five,
Four, three, two, one, liftoff

This is ground control to major tom
Youve really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now its time to leave the capsule if you dare

This is major tom to ground control
Im stepping through the door
And Im floating in a most peculiar way
And the stars look very different today

For here
Am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet earth is blue
And theres nothing I can do

Though Im past one hundred thousand miles
Im feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell me wife I love her very much she knows

Ground control to major tom
Your circuits dead, theres something wrong
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you....

Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet earth is blue
And theres nothing I can do.


Durante um mês não haverá post´s para ninguém....

Pensamentos soltos acerca do 11 de Setembro

Batista bastos, escritor e apresentador televisivo tinha um programa na 2 há uns tempos atrás em que entrevistava diversas pessoas da sociedade portuguesa. O apresentador era bastante directo e frontal, por vezes a frontalidade era tal que a entrevista mais parecia um interrogatório! A dada altura lá vinha a pergunta da praxe, “Olha lá, onde é que estavas no 25 de Abril?”

A data, importante para quem a viveu acaba por não ter significado para jovens que, como eu, não eram vivos nessa altura. Mas outras datas importantes apareceram, de tal forma que uma pergunta que gosto de fazer é “Olha lá, onde é que estavas no 11 de Setembro?”

Foi um episódio tão marcante que toda a gente se lembra, eu estava na faculdade com uns amigos a organizar uma visita de estudo, lembro-me perfeitamente de chegar ao balcão para marcar o autocarro e não ser atendido por ninguém, farto de esperar entrei pelos serviços a ver se via alguém, e foi nessa altura que me disseram, “um avião chocou com o WTC…”. Na altura não consegui assimilar bem a informação, só mais tarde me apercebi da grandiosidade do que se estava a passar.

Segunda-feira faz 5 anos que os aviões embateram no WTC, como de costume vão desfilar mil e uma imagens da altura do embate, as imagens que impressionaram qualquer um não produzem hoje qualquer efeito depois de terem sido passadas até à exaustão. Todos os anos é a mesma coisa, mas imagino que este ano sendo um número redondo os jornalistas irão exagerar ainda mais, mas a única finalidade será o de satisfazer um voyeurismo mórbido, uma sede por sangue e apetência por tragédias, características bastante reprováveis mas que pelo que me apercebo é bastante frequente no cidadão comum.

Eu costumo dizer que as coisas não são boas ou más por si só, é aquilo que fazemos com elas. O mundo podia ter usado o 11 de Setembro para se regenerar de uma forma positiva e a meu ver não o conseguiu, tornou-se ainda mais perigoso, os extremos extremaram-se ainda mais, os erros sucedem-se e pior que isso são sempre os mesmos. Colocando as coisas assim, o 11 de Setembro foi algo de muito mau.

A grande vitoria do terrorismo é o medo, se deixarmos de fazer a nossa vida normal por causa do medo, antão o terrorismo terá ganho, não podemos deixar que isso aconteça, por isso esta segunda feira vou mesmo andar de avião..

quarta-feira, agosto 23, 2006

Um gelado no fundo da vila

Deixem-me começar por explicar um pouco da geografia de Vila Chã. Vila chã de Alijó (para que não haja confusão com as dezenas de outras vilas chãs de povoam o país) é uma típica aldeia transmontana com aquelas casas em granito com aspecto muito velho mas muito bonitas, ruas em empedrado e flores por todo o lado. O fundo da vila é uma expressão usada pelas gentes da aldeia para se referirem ao sítio onde a aldeia acaba.

É no fundo da vila que se localizam os seus dois únicos cafés, que curiosamente, estão colados um ao lado outro. Muito se podia dizer sobre estes cafés, mas isso são outros quinhentos.

A verdade é que férias sem gelados não são férias e sempre que se podia lá vinham eles, fosse numa bomba de gasolina, junto ao rio, ou num café em vila chã.

Logo veio a piada que ás tantas os gelados seriam do ano passado. E não é que eram mesmo?? E como chegámos a essa conclusão? Como seria de esperar no grupo havia um magnum vision, que ainda tinha o invólucro do ano passado quando fazia publicidade aos magnuns 5 sentidos! Todos nós procuramos pelos respectivos prazos de validade dos nossos gelados e ficámos todos surpreendidos por verificarmos que nenhum tinha. Pensava eu que todos os bens perecíveis eram obrigados a ter prazo!

O gelado estava bom e foi comido com bastante indiferença para com pacote onde vinha embrulhado, mas isso não me chegou e resolvi investigar, agora além de estar atento ás matriculas dos carros também estou atento aos prazos dos gelados, de tal forma que mandei um mail á DECO e outro á OLA, no qual expunha a situação. No mail da olá aproveitei para denunciar o facto de não haver magnus de menta como existe na Austrália!

Como seria de esperar a OLÁ fez ouvidos de mercador e ainda hoje estou á espera de uma resposta (ou não fossem eles mercadores). Da DECO veio um primeiro mail no qual a DECO (defesa do consumidor) afirmava não conseguir verificar a minha condição de sócio!!!!

Bom, pensava eu que a DECO defendia todos os consumidores e não apenas aqueles que lhes pagam cotas, mas pronto…. Após alguns dias em que andei perturbado e um pouco contra vontade, lá lhes enviei o meu número de sócio.

A resposta que passo a transcrever, por ser do interesse de todos em conhecer, foi bem mais interessante.


(…informamos que relativamente aos gelados é obrigatório neles constar o prazo limite de consumo.

No caso de tal não acontecer ou o produto se encontrar em estado impróprio para consumo, mesmo que lhe troquem o produto ou devolvam o preço, deve inscrever a ocorrência no Livro de Reclamações, no caso do estabelecimento em causa estar obrigado a possuí-lo, e enviar uma cópia do duplicado que obrigatoriamente terão de lhe entregar, para a entidade competente constante na informação visível a informar que existe Livro de Reclamações, ou seja, para a,

ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
Av. Conde Valbom, 98, Apartado 14270
1064-824 Lisboa; Telef.:21 311 98 00
direccao@dgfcqa.min-agricultura.pt

Se o estabelecimento não estiver obrigado a possuir livro de reclamações, deve, do mesmo modo, enviar uma reclamação para a ASAE. Deverá procurar ter testemunhas e provas do ocorrido….)


E pronto, cá espero que a olá me responda e que arranje magnuns de menta (o que é bem capaz de acontecer, mas não por esta ordem).

Mas a propósito de prazos de validade, não resisto em contar isto. No que concerne a prazos de validade não há nada melhor do que as conservas, apesar de terem prazo (porque são obrigadas) são praticamente eternas, só para terem ideia as conservas do titanic ainda estavam boas.

E lanço um concurso, quem descobrir a nacionalidade da empresa que fabrica os gelados da olá ganha… um gelado.

quarta-feira, agosto 09, 2006

O efeito Ana Rute

Ser mulher não é fácil, principalmente no que diz respeito a arranjar emprego. A coisa fica ainda mais preta se o emprego em questão for numa área tipicamente masculina. Pode-se dizer que existe uma selecção nada natural que acaba por impedir que uma mulher arranje um emprego nessas áreas e as arraste para os ditos empregos femininos de administrativa ou outros sem real poder para modificar o rumo seja do que for.

Os nórdicos resolveram o problema há muito tempo implementando cotas. Basicamente exigem que cada empresa, instituto ou afins tenha uma determinada percentagem de mulheres, é a chamada descriminação positiva. Foi uma forma de dar a volta á questão e é certo que resultou, hoje em dia ninguém bate os nórdicos no capitulo da igualdade, (também é certo que ninguém os bate em nada…. Mas pronto).

Eu percebo a medida, até parece justa para repor o equilíbrio, mas não concordo com ela. Porquê?

Primeiro porque não é justo, as pessoas devem subir pela sua competência e apenas por isso.

Depois; porque se por um lado compreendo a frustração de uma mulher a quem perguntam se conhece colegas “gajos” que estejam disponíveis para trabalhar, quando ela está ali desejosa de ocupar esse cargo, tem competência para o fazer mas nem sequer lhe é dada uma chance; por outro também tenho de pensar em mim, eu não gostaria nada que numa entrevista me dissessem, Ah e tal! Você até seria uma das nossas primeiras escolhas para este emprego, mas a lei obriga-nos a colocar uma mulher por isso nada feito. Não seria agradável de ouvir.


Porque é que em pleno século 21 é ainda tão complicado a uma mulher chegar a directora de obra?

A meu ver por 3 motivos

Primeiro porque os portugueses ainda são muito machistas. Eu costumo dizer às minhas amigas que a situação mudou muito em 100 anos e que aos poucos tudo se endireita, mas depois ouvimos opiniões de colegas nossos e ficamos a pensar se realmente estamos no século 21. Além disso, elas não querem que isto se equilibre com o tempo, querem que se equilibre agora… pois….

Depois porque existem algumas mulheres (e não são poucas) para as quais por creme nas mãos é tão ou mais importante como beber água. Este espécimen acaba por estragar um pouco a vida a quem quer de facto trabalhar num emprego decente. São um mau exemplo que mina o caminho para quem quer de facto ser alguém. O pior é que quanto a isto não há nada a fazer.

Depois, porque ao invés do que seria de esperar, as mulheres que conseguiram subir na vida em vez de ajudarem as outras mulheres a entrar no mercado de trabalho ainda lhes dificultam mais a vida. Isto é estranho, ou talvez não, como eu sempre digo, os homens tratam melhor as mulheres do que as mulheres umas ás outras, e se não formos nós a dar-lhes a mão isto não vai lá!

O futuro?

Aquilo que espero é que haja cada vez mais ambientes de trabalho mistos, porque funcionam melhor sobre qualquer parâmetro que quisermos escolher, são mais produtivos, mais alegres e descontraídos. Pela parte que me toca trabalhar só com homens é uma seca terrível!



Este post é dedicado a duas pessoas em particular, a elas eu só posso desejar toda a sorte do mundo e dizer que a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.

Meu padre meu Rei

Os meus passeios pelo Portugal profundo mostram-me sempre realidades interessantes, nem sempre agradáveis mas sempre enriquecedoras.

Percorrendo as vilas e aldeias do distrito de Vila Real, trás os montes, não pude deixar de reparar na quantidade de igrejas que existem por aqueles lados. Cada aldeiazita, por mais pequena que seja, tem pelo menos uma, ás vezes até tem duas ou mais, e isto para nem falar nas capelinhas espalhadas pelos montes, cada um mais ermo que os outro.

Eu gosto de igrejas, pela sua beleza não deixam de ser monumentos apreciáveis, algumas são mesmo lindas. Então porque não fiquei eu todo contente por ver tantas?

Pode se dizer que o que é demais chateia, é verdade, mas não foi por isso, na realidade eu fiquei perturbado ao constatar uma religiosidade exacerbada que a meu ver é bastante negativa para as liberdades do indivíduo. Aqui não se faz nada sem ordens dos responsáveis religiosos, não se pensa pela própria cabeça e nem será preciso argumentar o quão negativo isso é.

O auge foi atingido na terra das alheiras. Chegámos a Mirandela pelas 6 da tarde, estava um calor tórrido e brisa nem na auto-estrada. Estavam a decorrer as festas da cidade e toda gente estava na rua. Chegámos mesmo na altura da procissão. Esse momento foi excelente para apalpar a religiosidade do povo, algumas pessoas (e não eram poucas) faziam a procissão descalças! 38 graus era a temperatura ambiente, na calçada de granito e no alcatrão a temperatura devia atingir uns 50 graus, mas havia pessoas descalças…

Devo dizer que isto é um pouco assustador, assustador e triste…

terça-feira, julho 25, 2006

A experiencia shostakovich

Dimitri shostakovich foi um excelente compositor russo, mas para além de ser um virtuoso era também imensamente paranóico. Só para terem uma ideia o tipo enviava cartas a ele mesmo para aferir o comportamento dos correios.

Aqui há uns tempos quando li a sua biografia pensei para os meus botões, este tipo não joga com o baralho todo…

Pois é…. Se calhar eu e o dimitri temos uma coisa em comum…. E não é a queda para a música sinfónica…

Aproveitando o facto de ter enviado uma encomenda para o Japão decidi fazer um teste e enviei duas cartas a mim próprio, uma em correio azul e outra em correio normal, em cada uma coloquei um papel a dizer “vale um escudo”, depositei as duas cartas nos correios do Colombo juntamente com a encomenda para o Japão. Isto foi sexta-feira passada.

Este blog nunca foi nem nunca teve a intenção ser um mural de escárnio, se por vezes isso acaba por acontecer, é apenas sinal que as coisas não vão bem por ai fora… Sendo assim apraz-me divulgar os resultados:

As cartas chegaram a horas! E na ordem correcta. A carta de correio azul chegou na segunda de manha á hora habitual e a carta de correio normal chegou um dia depois também pela manhã. Até agora não há notícias que a Anita tenha recebido os cd´s. Esse era aliás o meu medo, que antes de eu ver o papelinho do “vale um escudo” já todo o Japão andasse a rebolar de tanto rir com o gato fedorento.

Mas…. (lá vou eu dizer mal) do ponto de vista da eficiência esta “shostakovich experience” oferece-nos outro resultado interessante:

A pergunta é. Será que vale a pena mandar as cartas por correio azul?

Vejamos:

Correio azul, um dia, 80 cêntimos
Correio normal dois dias, 30 cêntimos.

Ora, no meu entender um dia de diferença não justifica um diferencial de preço de 2,6 vezes mais. Claro que existe sempre a urgência mas se a pressa for mesmo muita existem sempre outras alternativas.

Portanto meus caros, nada de azul…

terça-feira, julho 11, 2006

Herzlichen Glückwunsch!

Desde que Portugal ganhou à Inglaterra que decidi fazer um post com o intuito de parabenizar a sua prestação. O prometido é devido e por isso dou publicamente os meus parabéns pelo brilhante 4º lugar alcançado. Ficou a sensação que podíamos ter ido mais longe mas a falta de ponta de lança que marcasse golos e algum cansaço, da temporada e das batalhas anteriores ditaram que mais uma vez perdêssemos com os nossos velhos conhecidos. Paciência, como eu costumo dizer, as pessoas não passam de bestiais a bestas de um momento para o outro, e vice versa, pelo que as derrotas frente à França e Alemanha não apaga a excelente prestação de todos os jogadores, ok…..menos o petit que com uma expulsão, um penalti falhado e um auto golo mais valia ter ficado em Lisboa.

As exibições não foram as melhores, o campeonato foi hiper defensivo mas pessoalmente estou farto de vitórias morais, estou farto de ver jogos Portugal - Itália em que fazíamos um jogo fantástico, com muitos remates, montes de cantos, excelentes passes e no fim a Itália ganhava. Que joguem mal e tragam o caneco, que se lixe a exibição, há que ser pragmático e nisso fomos muito bons.

Mais uma vez, parabéns!

terça-feira, julho 04, 2006

O valor relativo das coisas

Como coleccionador de minerais gosto de ter expostos os melhores exemplares, ás vezes lá aparece a pergunta (quanto custa este? ou aquele ali?).
A minha resposta é sempre a mesma, depende… depende de quanto tu quiseres dar por ele, e é esse o seu valor…

Há quem não entenda, mas o facto de ter dispendido mais euros num mineral não faz com que ele valha mais do que outro, de facto o mineral mais valioso da minha colecção não me custou nem um cêntimo… foi-me oferecido…

Como nos minerais os troféus desportivos também têm um valor relativo, este valor depende se o ganhámos ou não. Se o ganhámos é a coisa mais importante do mundo, se não o ganhámos, a próxima refeição é bem mais valiosa…

Após Portugal ter ganho á equipa inglesa percorri vários jornais on-line por esse mundo fora, li jornais americanos, brasileiros, espanhóis e ingleses. Praticamente todos eram unânimes em afirmar que wayne rooney tinha sido bem expulso, (do mal o menos) mas o que me surpreendeu foi a dificuldade em dar com notícias sobre o mundial, CNN, A Marca ElPais, folha de são Paulo…. Parecia que a febre futebolística apenas tinha atacado o País de Camões! Depois apercebi-me que estes jornais são todos de países cujas equipas já foram eliminadas do campeonato mundial, um pequeno pormenor que modifica tudo, de repente ganhar o campeonato não é a coisa mais importante do mundo, de um momento para o outro é apenas um feito de menor importância, ora, até os portugueses chegam ás meias finais!

Faltava correr os jornais ingleses, o The Guardian apareceu como uma lufada de ar fresco com artigos bem feitos, mas os tablóides…. Nem é bom falar. Claro que comecei a minha ronda com o pasquim mor, o the sun. Que tem uma frase lapidar sobre a arrogância, o mau perder e aquilo que tentei escrever aqui em bem mais linhas:

“Só faltam 191 dias para o Natal e, melhor ainda apenas 7 semanas para começar o campeonato mais excitante do mundo, a premiership”

A acusação descansa…

quinta-feira, junho 29, 2006

Como os cães de Pavlov

Como os cães de pavlov..

É como eu me sinto por estes dias..
Resenha histórica. Quem foi pavlov? Pavlov foi um tipo que fez umas experiências com uns cães. Apelidá-lo de “tipo” fica muito mal, Ivan Petrovich Pavlov, de seu nome, foi um fisiólogo russo que foi premiado com as suas experiências acerca do comportamento digestivo dos cães, chegando mesmo a ganhar o prémio Nobel da medicina em 1904. Quem como eu teve o desprazer de ter psicologia no 12º ano ao invés de geometria descritiva certamente se lembra dos reflexos condicionados

A experiência era simples:

Um cão, colocado diante de uma tela branca, cada vez que recebia a comida, via projectada a figura de uma elipse. Em pouco tempo, ao ver a elipse o cão ficava alegre, abanava o rabo e salivava. Quando, pelo contrário, era projectado um círculo, o animal recebia um choque eléctrico. Cada vez que via o círculo, ele gania assustado e tentava fugir.

O que tenho eu a ver com isso? Bom por estes dias o tempo está quente, não existe humidade no ar o que origina muita electricidade estática, daí que quando eu saio do carro apanho um choque, ás vezes até mesmo quando toco em materiais maus condutores como a madeira ou cimento, isto tb depende dos sapatos. Tenho apenas um par em que isso acontece.
No entanto e como resultado deste reflexo condicionado sempre que saio do carro tenho medo de tocar no que quer que seja, uso os pés, os cotovelos (tapados pela roupa), pareço um coitadinho a fechar a porta do carro.

E pronto lá estou eu como os cães, só que para mim não há biscoito, só choques…

sexta-feira, junho 16, 2006

Música para uma ilha deserta

Alguns jogadores da selecção nacional decidiram fazer um cd de música, mais precisamente com as músicas de que eles mais gostam… Diga-se de passagem que eles têm muito mau gosto.

Não querendo ficar atrás decidi fazer o mesmo e escolhi uma série de músicas que levaria para uma ilha deserta se apenas pudesse levar um cd. A escolha não foi nada fácil porque me obriguei a correr todos os meus gostos musicais e sendo apenas um cd o tempo também estava limitado. Desta forma muita coisa ficou de fora acabando por ser injusto para algumas músicas, mas pronto, aqui vai.

One – metallica
Prayer – Disturbed
Actress AM - FM – The gift
Montego Bay Spleen – Saint Germain
So unsexy – Alanis morrisette
Air on a G string – Bach
Clair de lune – Debussy
Stay – U2
Nobody knows – Live
The last of the moicains – Enya
Tango apassionado – Astor Piazzolla
On the turning away – Pink Floyd
Porcelain – Moby
Inverno (largo) - Vivaldi
Alma Mater – Rodrigo Leão
Cinema Paraiso - Dulce Pontes e Enio Morricone



Naturalmente a música ambiente do género de Stephan Micus ficou de fora mas não se deve a um qualquer esquecimento, se eu fosse parar a uma ilha deserta teria bastantes cocos para praticar.

Alguns pensamentos sobre o mundial

Este post era suposto ter sido colocado no dia 9 de junho, mas devido a imponderáveis , tal não foi possivel, por isso só hoje aqui aparece. Peço desculpa...


Hoje começa o campeonato mundial de futebol, um momento sempre aguardado com bastante expectativa por milhões de pessoas em todo o mundo. Claro que eu não excepção e espero desde à bastante tempo pelo dia 9 de Junho.

Depois da vergonha que foi o mundial Coreia/Japão; e neste aspecto não me estou a referir apenas à exibição da selecção portuguesa, mas também das arbitragens e das exibições das equipas, que foram uma lástima; espero que este mundial seja bastante melhor.

Quanto a Portugal? Temos a obrigação moral de passar a primeira fase, Angola e o irão são selecções bastante acessíveis e com duas vitórias a passagem está assegurada sobrando o México para discutir o primeiro lugar. Onde é que eu já ouvi isto? No europeu também era assim, Grécia e Rússia fáceis e Espanha logo se via, sim, sim, depois viu-se…
Mas desta vez penso que será diferente, a selecção não está arrogante o Baía está a jogar mal e ninguém levantou a voz contra o Ricardo, os jogadores estão em forma e confiantes.

Depois da primeira fase tudo pode acontecer, Argentina, Holanda, Costa do marfim ou Servia-Montenegro, venha o diabo e escolha…

Noutro dia fazia zapping á procura de um canal que transmitisse os jogos em sinal aberto, quando parei na sky News, este canal estava em directo do aeroporto a transmitir a partida da selecção inglesa rumo à Alemanha, chegando mesmo ao ponto de mostrar o avião a levantar voo… A importância que hoje em dia se dá ao futebol… Reflectindo sobre o assunto, acho que isso tem a ver com a atitude guerreira do Homem. O futebol, de certa forma, substitui-se ás batalhas travadas no passado em que os guerreiros se de gladiavam. Talvez por isso depositamos tantas esperanças na nossa selecção e depois de falhar se passa logo de bestial a besta…

De resto, acho o futebol um desporto maravilhoso e apesar dos excessos de gente pouco inteligente, tem a capacidade para unir os povos de uma forma única.


Nota negativa para a sportv, pela primeira vez os jogos não vão ser transmitidos em sinal aberto, por outras palavras, se és pobre não tens direito a bola…

sexta-feira, junho 02, 2006

Gatos e cavalos

Li recentemente num jornal que o gato fedorento foi processado por um antigo membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.

O sketche em questão era o do velhão, sinceramente um dos melhores já feitos por aqueles que são actualmente os melhores humoristas em Portugal.

Diz então o senhor que o sketche é insultuoso aos anciões de Portugal e á sua situação…
Acho esta afirmação realmente ridícula, o sketche, além de hilariante é altamente corrosivo porque põe, isso sim, o dedo na ferida, na forma vergonhosa como tratamos os nossos velhos. Tendo eu um caso na família o problema toca-me de forma particular, mas nem vou entrar por ai, espero sim que o gato nos continue a brindar com o humor a que já nos habituou e não deixe de criticar o que merece ser criticado.

E agora para algo completamente diferente….

Nesse mesmo jornal, vinha outra noticia que me chamou atenção, o seu titulo era “Homem morre sodomizado por um cavalo”

O quê??? Foi o que pensei, ……(rapidamente imaginei um cavalo atrás de uma moita preparado para emboscar qualquer incauto, que distraído, passasse por perto… Mas afinal não, o…. acto…… até foi consentido mas correu mal…

É como eu costumo dizer, dois corpos não conseguem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo…

Apenas um filme

O filme o Código da Vinci foi proibido nas Filipinas, a igreja católica local interpôs uma providencia cautelar de forma a inviabilizar a visualização do filme. Ao ser entrevistado um homem Filipino afirmou “se uma pessoa questiona a sua fé ao ver um filme é porque a sua fé é muito fraca”.

Mas a nossa igreja católica não pensa assim, talvez por medo que as pessoas pensem pela sua cabeça não cessa de nos assustar com o pecado, o demónio e o inferno. Diz-nos o que ler, o que ver, o que pensar, como agir. Sou crente, mas se há coisa que não gosto é de uma igreja que se comporta desta maneira. Penso inclusive que existe cada vez mais gente como eu, crente de Deus, mas que pouco ou nada se revêem nesta igreja (muito pouco) católica. Sendo assim, fico contente quando aparece alguém a desmistificar os dogmas da igreja, seja o Graal, o sudário ou outro qualquer, porque o que realmente interessa são os ensinamentos que Jesus nos trouxe, de amarmos o próximo, de praticarmos a paz e por ai fora… E se Jesus fosse apenas um judeu, que teve filhos e viveu, afinal, uma vida normal? Perderiam as suas palavras veracidade ou fundamento??

Quanto ao filme em si não tinha grandes expectativas pelo que não corria o risco de sair desiludido, disseram-me que estava igualzinho ao livro (Eu devo ter sido uma das poucas pessoas no universo que não o leu), e não é isso que queremos quando vemos uma adaptação de um livro à 7ª arte?

Deixem-me apenas rematar que proibir que o filme passasse nas salas de cinema não foi nada esperto, com a pirataria que por ai anda, (esse pessoal do emule e coisas do género) esse problema é facilmente superado.

segunda-feira, maio 29, 2006

Festival eurovisão da canção

Sempre fui assíduo espectador do festival euro visão da canção, não é que goste das músicas que por lá passaram, é mais pela votação. Eu sempre gostei de votações! Parece estranho mas eu gosto de ver os votos a subir e a descer, se este ou aquele candidato começa a perder e é ultrapassado… enfim. Nos últimos tempos não tenho acompanhado muito porque Portugal deixou de participar de forma mais assídua. Nesta Europa que não para de inchar, e que conta com cada vez mais países começa a não haver lugares para todos, e alguns começaram a ficar de castigo, se as suas músicas tivessem más votações não poderiam participar no ano seguinte. Como Portugal envia sempre aquelas músicas fabulosas começou a ficar sempre de castigo e eu perdi algum interesse pela coisa.

Este ano pelos visto fizeram de maneira diferente, por eliminatórias. Ok para nós é igual fomos eliminados á primeira! E ainda bem porque a música era uma desgraça, mas pronto, queriam fazer justiça ao passado!

Mas há uma coisa que me perturba, agora eu percebo todas as línguas faladas por essa Europa fora, vai a canção espanhola, e eu percebo, vai a canção polaca e eu entendo tudo o que ele diz! Vai a canção turca, e eu compreendo que ela está a cantar!!!! Espera lá, ou eu adquiri um especial talento para línguas ou… as musicas foram todas cantadas em inglês? Como diz o outro, “mas o que é isto?”

Eu já estou a ver tudo, houve algum iluminado que achou que como as línguas são diferentes as músicas não estariam em pé de igualdade, dessa forma, toca a ser tudo em inglês para ser igual para todos. Pois então se estamos numa Europa de países iguais temos de estar em pé de igualdade! Confesso que tudo isto me ultrapassa.

Apesar desta forma de estar, este ano, tivemos uma surpresa, a música vencedora foi a da Finlândia, Pais de lagos, renas e rock pesado. E para fazer jus ás suas raízes a música apresentada foi um rock pesado (pesado para um festival), ao qual não faltou músicos a condizer. Para finalizar cantaram em finlandês, ou pelo menos a parte eu ouvi.

Se querem que vos diga, a música ganhou por ser diferente. Todas as músicas do festival são iguais e esta pelo menos sobressaiu.

Fico contente por ser assim.

Vencedores

quarta-feira, maio 03, 2006

Tomb Raider

Eu, como qualquer rapaz normal, gosto de jogar jogos de computador, jogos que vão desde os mais violentos fps como o half life ou UT2004, jogos de estratégia como o age of empires ou a série comand and conquer, até ao básico puzzle bobble. No entanto no topo da lista está a série Tomb Raider e a menina lara croft, não é á toa que é o único jogo que tem direito a link aqui no blog.

Tenho originais de todos eles e até ao quarto jogo todos foram fenomenais. Depois, a série começou a perder o charme, pelo que eu, assim como milhares de fãs aguardava com expectativa a vinda de um novo Tomb Raider, um que voltasse a deixar toda a gente de boca aberta…

Bom, o Tomb Raider 7 (legend) está ai! Estou quase a completa-lo e estou imensamente desgostoso.

(Para aqueles que não jogaram ou não conhecem o jogo as próximas linhas poderão ser bastante secantes, pelo que se quiserem podem passar directamente para os dois últimos parágrafos).

O jogo é muito curto, num jogo normal era acabado em meses, pelas minhas contas vou acabar este em apenas 8 horas (de jogo).

Tudo está muito fácil, ela auto agarra-se, pelo que é muito difícil atirá-la de um penhasco. Os puzzles que eram super difíceis agora são básicos e como se isso não bastasse são repetitivos, de tal forma que fica-se com a sensação de estar a resolver o mesmo puzzle vezes sem conta apenas num cenário diferente.

Os controles foram renovados e a meu ver para pior, nos jogos antigos bastava o cursor e mais três teclas, que ainda por cima davam jeito ás duas mãos, agora há teclas para tudo e mais alguma coisa o que torna o movimento muito mais difícil, nadar então é um autêntico pesadelo. Claro que depois nos acabamos por habituar mas se as coisas estão bem porquê mudar?

O peito está mais pequeno. Mas se com uma mão se faz uma mamoplastia com a outra torna-se o jogo num autêntico Lara show, isto porque agora a câmara roda 360 graus e podemos vê-la de frente, a ela e os seus decotes… Não é que isso me chateie (como é obvio), mas o jogo não é só a personagem principal, o jogo é a exploração, os cenários longínquos, a felicidade em conseguir resolver os puzzles, e com este jogo isso mudou, agora só dá lara, senão o que dizer do nível do Japão…

Depois temos os inimigos, a única coisa contra o que disparamos são mercenários. O que foi feito dos dinossauros, das piranhas, dos gorilas, das múmias, das aranhas do tomb raider 2, dos escaravelhos??? Estes últimos, eu dispenso, mas a verdade é que tudo ficou mais monótono.

Irritantes são também os companheiros de aventuras, zip e allister, as duas vozes que insistem em fazer comentários idiotas e dar dicas óbvias sobre o caminho a tomar… como se isso fosse necessário.

Mas o que realmente me chateia no filme é o reescrever a história, No primeiro jogo dizia-se que após ter sobrevivido ao acidente de avião Lara croft teve de sobreviver na selva e isso mudou muito o seu carácter ao ponto de deixar a sua vida fácil da aristocracia inglesa para ser exploradora, ao ponto de o seu pai a deserdar… Isto é basicamente a história que pode ser lida no livrinho do primeiro jogo.

A história foi mudada para o filme. No filme o pai até é arqueólogo e a menina lara tem muitas saudades dele…Bom, esta inversão é má mas eu compreendo que um filme com apenas uma personagem e que ainda por cima mata tudo o que vê à frente era capaz de não resultar como blockbuster e até desculpo. Agora alterar a história para os jogos eu já não posso aceitar, não posso mesmo. Costumo dizer que a história não é feita por quem a vive mas por quem a escreve e neste caso está a reescrever-se a história para dar jeito, para encaixar num novo filme que há-de de vir e isso irrita-me de sobremaneira.

A música é muito bonita, os gráficos um assombro, mas isso não chega, infelizmente este jogo não é um tomb raider…

Convém separar a realidade da ficção e eu faço isso, a tomb raider é apenas um jogo, mas apetece-me dizer que ás vezes não é bom reencontrar a nossa namorada de infância, ou aquela pessoa especial que nos encheu de esperanças que a vida ia ser uma coisa fenomenal! Não é, porque muitas das vezes acabamos por nos desiludir, porque a pessoa que deixámos não é a mesma que encaramos hoje, o tempo tornou-a amarga e cínica, o sorriso nem é mais o mesmo, ou somos nós que ficámos assim e apenas nos olhamos no espelho? Reencontros…. Eu tenho um sério problema com isso…

Há coisas que é melhor deixar para trás e nunca mais ter contacto com elas, sejam pessoas, lugares, momentos ou objectos ou um jogo de computador…

editado em 6 de maio..
Demorei 4 horas e 34 minutos : - (

quarta-feira, abril 19, 2006

Gravatas...

Acabei de ver nas notícias que a pulseira electrónica tem feito o estado poupar imenso, o recluso fica em casa mas em vez de ser posto um polícia à sua porta é colocada uma pulseira que regista os seus movimentos, de modo a que se este sair de casa ou tentar mesmo fugir é logo detectado.

Foi ai que eu pensei… Está resolvido! O que nós precisamos é de uma gravata electrónica. Desta forma assim que um deputado fosse a sair do hemiciclo antes das horas previstas a gravata começava a apertar!

Estava o problema resolvido. E escusávamos todos de andar a ver estas vergonhas!

terça-feira, abril 18, 2006

centena

Post numero 100...

Super martelo *

Existem dois utensílios que um engenheiro geólogo deve comprar quando entra para a faculdade, um é uma bússola e o outro é um martelo de geólogo.

A bússola serve para tirar atitudes e inclinações dá muito jeito na nossa futura vida profissional. Já para não falar no jeitão que dá quando estamos perdidos…

O martelo, bom, à primeira vista serve apenas para partir pedra, afinal para que é que nós haveríamos de querer um martelo!

No entanto com o passar dos anos chega-se à conclusão que o martelo é uma ferramenta espectacular e serve para tudo: como arma de defesa, para arrancar minerais, para bater as estacas da tenda, para servir de escala, para fazer valer os nossos pontos de vista numa discussão, enfim, um sem número de aplicações. Mas nas mini férias que fiz no Alentejo descobri uma nova aplicação, o martelo também serve para desempanar carros.

O meu carrito pregou-me uma partida e após ter parado em Alcácer do Sal recusou-se a voltar a trabalhar. Isto já tinha acontecido antes quando fui para Castelo de Paiva, na altura pensei que tivesse sido os ares do Porto que lhe tivessem feito mal, mas afinal não, era mesmo o motor de arranque…

Com a ajuda de um mecânico via telefone lá descobrimos onde era o dito motor e eis senão quando entra o martelo de geólogo em cena, bastaram algumas pancaditas para que o motor ganhasse vida novamente…

Bendito martelo, e benditos carros sem electrónica!

Costumo assinar os mails com a frase “quando a única ferramenta disponível é um martelo tudo se começa a parecer com um prego” bom, desta vez o prego foi o motor de arranque, agora experimentem ficar com um martelo na mão e vejam quanto tempo passam sem bater em alguma coisa…

* private joke

segunda-feira, abril 17, 2006

Academia de Polícia

Todos nós gostamos de dizer mal da brigada de trânsito, que eles só andam á caça da multa e que só chateiam quem trabalha. Basta vê-los à borda da estrada para desatarmos a fazer sinais de luzes para avisar os outros condutores para terem cuidado porque eles estão ai, pouco nos preocupamos se algum desses condutores tem álcool a mais, vem em excesso de velocidade ou mesmo com a mala cheia de droga. A verdade é que apesar de não gostarmos eles fazem um trabalho necessário.

Claro está que existem numerosas histórias de abuso de autoridade mas falando da minha ainda curta experiência com a polícia de nada me posso queixar.

O último episódio foi no domingo passado vinha eu da escalada em busca do jantar quando ao virar numa rua nos deparamos com 4 polícias, logo 4 até podiam fazer uma suecada!

Logo veio a pergunta da praxe “a menina sabe o que está a fazer?”
Logo seguida da resposta da praxe”não!”

Era óbvio que a infracção estava feita e até era muito grave, circular em contra-mão. Nem sempre foi assim mas hoje a rua já só tem um sentido.

Eu estava a seguir, quantos de vocês, que não sabem o caminho e seguem outro carro estão com atenção aos sinais? Por aqui a atenção não abunda e quando o corsa da frente virou o meu corsa não hesitou e virou também, nem vi sequer sinal algum.

A multa era inevitável, a infracção óbvia, os polícias eram 4 e como se não bastasse um deles até era o comissário! Teria sido mais seguro assaltar uma esquadra, digo eu!

Mas não. Após ter de mostrar os documentos lá saiu um “é que está ali o comissário”.

Safei-me da multa graças à compreensão do polícia e cheguei à conclusão que se a policia quiser multar mesmo. Ainda existe bom senso na polícia e há que guardar forças para os problemas maiores.

Lá fui jantar aliviado e diga-se de passagem comeu-se muito bem…

domingo, abril 09, 2006

Ambi pur

Quanto mais conheço o ambiente menos gosto dele….

A frase até nem é minha e é politicamente incorrecta, ninguém diz uma coisa destas!

Deixem-me então explicar.

Durante muito tempo o desrespeito pelo ambiente foi gritante, por negligência, desconhecimento ou maldade, o Homem do alto da sua arrogância pensou ser dono do mundo ao invés de ser apenas um pequeníssimo episódio na história deste planeta. Infelizmente ainda pensa assim, mas se falo no passado é porque muito se evoluiu desde o início do século, e assim foi porque apareceu muita gente que se preocupava e preocupa com o meio em que estamos inseridos. Mas…

Mas tudo o que é em excesso é mau, até a água.

A ultima aberração ambientalista veio de Trás-os-montes, a população quer a estrada, sedenta que está de infra-estruturas, ele é a criança que quer ir á escola ou o avozinho que desespera até chegar ao hospital, qual penitencia por crime hediondo. Dantes não havia dinheiro, agora há, mas também há ratos! E todos nós sabemos que os ratos nunca trazem nada de bom. Desta vez bastou a sua presença para que a estrada fosse cancelada, pois então se são ratos raros!

Eu faço os possíveis por proteger o ambiente, se todos colaborarmos não custa nada, mas é aqui que eu oiço o disco a riscar. Por causa duns ratos sofre uma população inteira por não ter infra-estruturas decentes. É pena é que os ambientalistas não vivam por aqueles lados senão eram os primeiros a acariciar os ratos com E 605 forte, não fosse um dia precisar de levar a filha ao hospital e não conseguir levar a tarefa a bom porto devido à bela da estrada actual.

Eu afirmo não perceber o que leva alguém a gastar 30 mil contos para fazer um túnel para 12 (doze) morcegos, mas eu até percebo, pois é certo que um período herege é sempre seguido de um outro onde o fundamentalismo religioso impera. A analogia é fácil de fazer.

Lembro-me sempre nestas alturas dos vestígios de lince que impediram durante 20 anos que a barragem de Odelouca fosse construída e não deixo de perguntar:

Então e a população ter boas condições de vida também não é bom ambiente?

quinta-feira, março 23, 2006

Verdade ou mentira?

Descia eu a avenida da liberdade enquanto se discutia a verdade. “Discutia” talvez não seja o termo mais adequado, troçava-se numa daquelas conversas sem nexo que eu gosto de ter.

Brincadeiras á parte o assunto era muito sério. Nesta sociedade da desinformação em que vivemos, o que é que podemos aceitar como verdade, em que é que podemos acreditar?

Tomemos como exemplo o caso da morte de Slobodan Milosevic. Ditador sérvio, responsável por todas as guerras que se sucederam aquando do desmembramento da antiga Jugoslávia, morreu na sua cela enquanto esperava que o seu julgamento terminasse.

E agora? De que morreu Milosevic? Ataque cardíaco é a resposta rápida, convincente, diria mesmo, se pensarmos que ele sofria do coração. Claro que os conspiradores dirão que o tipo foi assassinado, ou porque o julgamento corria mal, ou porque tinham receio que pudesse falar demais, ou que algum dos seus inimigos aproveitou um falha de segurança, existe ainda a teoria de que o próprio andava a tomar medicamentos para ficar pior de modo a ser transferido para a Rússia, País onde tinha diversos aliados e de onde provavelmente já não regressaria. Ou será que ele próprio se suicidou?

Dificilmente se saberá a verdade, mas o que é a verdade afinal? Ao fim e ao cabo a historia não é feita por quem a vive mas por quem a escreve.

No meio de tanta comédia que ia no meu carro sobressaiu uma frase de um senhor alemão cujo nome não fixei, mas que não resisto em colocar aqui.

“ Uma autobiografia é sempre verdadeira mas nem sempre sincera”.

terça-feira, março 07, 2006

Pipocas

É comummente aceite que duas coisas boas juntas não fazem necessariamente uma terceira coisa boa.

Isto vem a propósito das pipocas e do cinema. Eu adoro pipocas e gosto muito de filmes, mas não consigo juntar as duas coisas, porque ou estou concentrado no filme ou nas pipocas, estar a fazer as duas coisas ao mesmo tempo é um pouco como não aproveitar nenhuma na sua plenitude.

Mas quando se está numa sala de cinema o problema amplifica-se, isto porque há imensa gente que insiste em entrar na sala municiados de um mega balde de milho e maxi latas de refrigerante. Depois durante longos minutos alterna-se o ruminar das pipocas e o desagradável barulho do sorver coca-cola, com a banda sonora do filme. Isto é deveras desagradável.

Alguém que me explique, o que é que um filme, seja ele qual for, tem a ver com pipocas? Quem é que pela primeira vez decidiu associar as duas coisas? Porquê??

Fica um exercício, da próxima vez que foram ao cinema, não se levantem logo assim que o filme acabar, esperem que a maior parte das pessoas se levantem e as luzes se acendam e então saiam. Olhem para o chão e digam de sua justiça…

segunda-feira, março 06, 2006

A matança do reco

Além da festa do Carnaval era suposto haver também a festa da matança do porco. É uma festa, dependendo do ponto de vista, se nosso se do porco. Mas na província é sempre uma festa importante, em que os familiares se juntam e todos colaboram na matança, divide-se a carne entre todos, come-se e bebe-se, enfim, Portugal.

Eu pessoalmente não acho piada nenhuma à coisa, não sou daqueles fundamentalistas tipo, ah e tal e coitadinho do bichinho e isto e aquilo. Eu gosto de entremeada e o bicho não vai vivo para a brasa não é? Só que agarrar no porco, espetar o porco ouvi-lo a guinchar e a espirrar sangue por todo o lado…. Não está propriamente na minha lista de favoritos.

De qualquer maneira a porquita estava com a maré e não pôde ser morta! Ganhou mais uma semana…

O carnaval parte II

Detesto o Carnaval!

Aqueles que tiverem paciência podem recuar neste blog até 6 de Fevereiro de 2005 e lerem a primeira parte deste post.

Agora perguntam vocês, se detestas tanto o Carnaval o que andavas tu a fazer pelas ruas de Torres Vedras no passado dia 28 de Fevereiro pelas duas da manhã?

Andava vestido de mineiro…

Esta seria uma forma simplista de me dirigir à questão. No entanto resposta a esta questão admite várias abordagens.

Continuo a não gostar do Carnaval no seu sentido lato, mas confesso que me diverti imenso, quiçá pela companhia, pois é uma verdade que mesmo as coisas más se podem tornar boas com a companhia certa. Se calhar a minha disposição tb era boa. Ou sou eu que não ando bem da cabeça!

De qualquer maneira, gostei de ver os disfarces das pessoas, Serial killers, diabos, anjos, presidiários, wallys (o que tornava o jogo bastante enfadonho) muita chinesa, árabes, muitos noddys, mesmo muitos noddys e até uma pipoca lá andava.

Eu ia vestido de mineiro, mas o disfarce não funcionou como o esperado porque faltava o frontal (a luz que os mineiros têm no capacete), e então confundiam-nos com engenheiros (era como se não estivéssemos disfarçados) mas uma coisa é certa com capacete, luvas de borracha e fato de macaco não havia frio que entrasse, e se estava frio! Mas melhor ainda foram as galochas de biqueira de aço, não senti pisadela nenhuma. Já as pessoas que pisei, bom, desculpem lá qualquer coisinha, não foi por mal.

No entanto, o prémio de melhor disfarce vai sem dúvida para as meninas do gás, não eram “meninas” mas o disfarce estava muito bom, nem sequer faltaram as bilhas.

Ah, e já me esquecia, vi a Lara Croft…

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Mito rodoviário

Este fim-de-semana fui para os lados de Viseu, para o Portugal profundo como eu gosto de dizer. Convêm dizer, para que não haja mal entendidos que eu gosto muito deste Portugal.

Umas das coisas que eu gosto neste Portugal são das estradas, esqueçam lá as grandes rectas, as auto-estradas com 3 faixas para cada lado e o transito caótico, aqui só passa um carro e quando vem outro no sentido contrario temos de nos encolher, o piso não esconde o passar dos anos e o traçado da estrada parece ter sido desenhado por um engenheiro bêbado. Mas eu pessoalmente gosto bastante de curvas (…) guiar numa auto-estrada é uma seca, eu gosto mesmo é de curvas, 3ª e 4ª ora para a esquerda ora para a direita, a subir e a descer.

Ora, vinha eu a percorrer a estrada entre Castelo de Paiva e Arouca quando vi um sinal que nunca dantes tinha visto, era de perigo, triangular e tinha 3 z´s desenhados! A quantidade de curvas e contracurvas era tanta que para poupar foi posto apenas um sinal como que a dizer: daqui para a frente é sempre aos esses… Este sinal já não é usado, mas também, hoje em dia já não faria grande sentido.

No entanto ainda fiquei mais surpreendido quando percorria a estrada entre sezures e outro sitio qualquer perdido no mapa que eu já não me lembro. Foi ai que eu o vi, o sinal de estrada com prioridade, para quem já não se lembra é aquele amarelo em forma de losango. A única vez em que o tinha visto tinha sido no livro do código e sinceramente pensava que era como os pilhões, um mito urbano! Mas afinal ele existe mesmo…

E viva o Portugal profundo, e a sopa de legumes e porque não, as autunites…

http://www.europcar.pt/travelcenter/drivingabroad.html

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Nem pensar

Amanhã vou até Viseu, vou passar um fim de semana a apanhar minerais, vou pegar no carro às horas que quizer, vou para onde quizer e não há ninguem que me impeça de o fazer. Não vou ser interpelado por ninguem armado com uma Ak-47 para.. o que for...
Quando saio com os amigos e amigas ninguem nos impedirá de beber (não o farei por opção) e ninguem irá bater ou apedrejar as minhas amigas por irem vestidas como quizerem.
Posso discutir politica com o meu Pai
Posso escrever estas linhas no meu blog
Ir à Gulbenkian ver um concerto
Posso comer entremeadas ao almoço, e porque não, ao jantar também! Ler um livro, ir ao cinema, passear.
Fazer a barba...
Fazer a barba e tantas outras coisas que fazemos no dia a dia às quais não damos valor, e não damos porque são naturais e nem nos passa pela cabeça não ter direito a fazê-las.

Bom, em certas partes do mundo a vida não é bem assim... não se tem liberdade de expressão, as pessoas são apedrejadas, as mulheres são tratadas abaixo de cão, corta-se um braço a uma criança porque rouba um pão, não se pode fazer a barba porque à séculos houve um profeta que não tendo lâminas andava barbudo...

E é a esta gente que temos de pedir desculpas??

terça-feira, janeiro 31, 2006

fordes

A Mercedes foi fundada em 1902, já nessa altura o senhor Benz dizia que poucas pessoas teriam capacidade para guiar um automóvel.

A ford foi fundada por Henry ford em 1903,apenas um ano depois, e foi graças ao senhor Ford que os automóveis começaram a massificar – se. O primeiro carro que foi fabricado foi precisamente o ford T. Seguiram-se outros modelos: os belíssimos mustang, os cortina, os fiesta, e mais recentemente os escort e o mondeo.

Estes dois últimos carros têm um comportamento muito viril, aliás comportam-se como autênticos touros, tendo por isso o grave defeito de cegarem sempre que vêm vermelho. Até aqui tudo bem, não fosse o meu carro vermelho… e aqui a historia começa a não ter piada.

O problema dos condutores portugueses é que quando tem acidentes a culpa é sempre dos outros e nunca deles, bem… tendo eu nascido na terra de Camões acabo por não fugir à regra. Dos 2 acidentes em que me vi envolvido como condutor não fui eu o culpado. A história conta-se em poucas linhas.

No primeiro parei para deixar passar um transeunte pela passadeira e o Ford Mondeo que seguia atrás de mim não, e pronto, lá se foi o para choque.

No segundo parei para deixar passar um transeunte pela passadeira, e o ford escort que seguia atrás de mim não, e pronto, lá se foi o para choque... pela segunda vez…

I’m seeing a pattern here…

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Multibanco

Finalmente veio!! Eu já pensava que os multibancos eram como os pilhões, um mito urbano, mas afinal não, eles existem mesmo

Ok, de que é que eu estou a falar? Bom, o meu velho Multibanco passou de prazo, coisas da vida, o problema foi que o meu actual banco, a caixa geral de depósitos não se lembrou de me enviar um novo e graças a isso só ontem é que voltei a ter Multibanco. Aliado à incompetência da caixa geral de depósitos, tenho de agradecer tb aos nossos magníficos correios, que ao que parece nos últimos tempos andam a passo de caracol e demoraram 15 dias a entregar uma mísera carta. Não percebo os correios, numa altura em que cada vez se mandam menos cartas, graças à Internet e ao e-mail era de esperar que os correios arranjassem novas maneiras de cativar as pessoas, sei lá, melhorando os serviços??

Enfim, tentem viver um mesito sem cartão Multibanco, olhem que não é nada fácil.

Um conselho, se algum dia quiserem enviar algo com urgência não usem os correios, usem o rodomail, vão a um entreposto da rodoviária, tipo sete rios por exemplo, e a encomenda seguirá no próximo autocarro, chegando ao destino em poucas horas, até mesmo onde judas perdeu as botas, como Portel por exemplo.

Cristaliza no sistema hexagonal

Quando eu era mais novo tinha a mania de dizer que o frio era psicológico. Hoje tive ocasião de o comprovar...

Tudo o que ouvi durante o dia foi pessoas a queixarem-se do frio, ah! e tal está frio,...
Pessoal! estavam apenas 0 graus, não é caso para tanto! Já passamos por dias mais frios, o que não houve foi condições para nevar, entenda-se precipitação, dai que não havia necessidade para tanto queixume por causa do frio. Alguns dos dias mais frios que passei foram sem dúvida no monte da Caparica, lembro-me bem de sair de casa e ter dificuldades em respirar, lembro-me dos dias em que estudava no departamental e tinhamos de trazer aquecedores para não morrermos de frio, lembro-me da Panasqueira em Novembro,isso é que era frio!! Não havia era condições de chuva porque se houvesse! Ui ui...

Mas pronto, eu sou um dos que nunca tinha visto nevar, já tinha visto neve na Serra da Estrela e nos picos da Europa e até mesmo em Montejunto, mas a nevar não, e muito menos nos Casais Novos!!!!

Ver nevar é um espectaculo magnifico, sinto-me saciado por agora, assim que puder vou fazer a minha viagem de sonho à antartida, isto é, se ganhar o euromilhoes...

A propósito, nunca é demais relembrar que a neve não é branca, é cor neve...

link

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Eleições

Melhor do que assistir ao regresso do Don Sebastião é mesmo assistir ao fim da campanha, principalmente quando a campanha em questão é daquelas que se espreme espreme e não sai nada, pior que as laranjas no Verão (trocadilho politico). Continuando com a fruta, apetece-me dizer que os políticos são como os melões, só depois de abertos é que se vê se prestam ou não, por isso não vou opinar grande coisa, pese embora, note que a seca anda aí, e a seca não faz nada bem aos melões.

E por falar em melões, com um grande melão ficou o ancião da nossa campanha, mas também do que é que ele esperava? Ele é fruta fora de época!

Comentava um amigo meu que é bloquista que se encontrava profundamente desiludido com Portugal pela escolha que fez.

Eu não me sinto desiludido, porque não espero nada…




Editado em 27/01/06

Já que estamos numa de eleições, não resisti em colocar esta frase

"Claro que, por princípio, as eleições são boas, e no caso em concreto até já foram validadas. Mas o que fazer quando ganham os maus?"
George W. Bush, sobre a vitória do Hamas nas eleições palestinianas,

Lançamento do atum

Os Australianos sempre tiveram desportos esquisitos, lembro-me de ser pequeno e ver um concurso em que o objectivo era lançar bosta de elefante de encontro a uma ventoinha, quem conseguisse mandar a ventoinha abaixo ganhava.

Agora, e mantendo a senda dos lançamentos inventaram outro que é o lançamento do atum! Sim não há nada que saber, é tipo o lançamento do martelo, quem atirar o mart.. quer dizer, o atum mais longe, ganha..

Eu até achei piada à coisa, mas depois, pensando bem, é uma falta de respeito para com os países que passam fome…

segunda-feira, janeiro 23, 2006

birthday blog

1 anito!!

Faz hoje um ano que comecei a escrever neste blog, para ser franco nunca pensei que durasse tanto, ou se calhar sou eu que tenho poucas espectativas em relação a coisas que gosto, mas aqui estou um ano depois ainda a fazer post´s e cheio de vontade para fazer mais ainda. Nos últimos tempo não tenho actualizado muito o blog mas como vou passar a ter mais tempo :-) prometo ser mais regular, e tentar manter o nível, que é o mais dificil...

quarta-feira, janeiro 11, 2006

pirataria

A industria discográfica americana anunciou esta semana prejuízos recorde, a culpa é claro é da pirataria, ele é o mp3, a Internet, as gravações piratas da feira da ladra, enfim os músicos e sobretudo as empresas discográficas andam a levar porrada de todos os lados.

Sexta passada entrei numa Valentim de carvalho e houve um cd que me despertou a atenção, “The Piper at the gates of dawn” que para quem não sabe é o primeiro disco dos Pink Floyd, na altura em que o antigo guitarrista e vocalista Syd Barret ainda não se tinha metido no LSD.

Este cdzito, um marco do rock psicadélico (demasiado psicadélico para mim), custava a módica quantia de 20,49 euros, ou, em moeda de quando ele foi lançado 4107 escudos.
Agora eu pergunto, porque é que um cd que foi lançado em 1967 custa 20 euros? Quanto é que a banda já terá ganho com ele? Não seria lógico baixar o preço? Se formos para os cd´s de música clássica então é o descalabro, não concebo como é que se pode pedir 20 euros por um cd com obras de pessoas que morreram há séculos atrás (literalmente). Será que os familiares do Bach ainda recebem parte dos lucros? E como fazem com o Mozart? Que não deixou descendência? O custo de produzir estes cd`s é irrisório, é só gravar das inúmeras gravações já existentes e produzir em massa.

Depois queixam-se que as pessoas pirateiem os cd.

escadas rolantes e centros comerciais

Já repararam que numa superfície comercial, sempre que há escadas rolantes duas são para subir e apenas uma é que desce? Haverá aqueles que dirão que subir custa mais, que a descer todos os santos ajudam, mas eu acredito é que a filosofia das superfícies comerciais será a de dar todo o conforto e facilidade para entrar, e depois da compra feita o cliente já não interessa, até poderia sair pela porta dos fundos… Deve haver psicólogos a estudar isto…

Amanha à mesma hora

Noutro dia fui ver o harry potter, como estava no isel optei por ir ao Vasco da gama por ser mais à mão, contava assistir à sessão das 18 infelizmente quando lá cheguei verifiquei que a sessão das 18 era dobrada em Tuga, bolas isso não, eu não cometi nenhum crime!!

A partir dai foi o descalabro pois comecei a sentir na pele a doença que os portugueses têm (não sei como é nos outros países) de fazer tudo à mesma hora. De facto, seja ir para o emprego ou voltar para casa, almoçar, fazer compras ou entregar documentos na repartição de finanças nós escolhemos sempre tudo às mesmas horas.

Como seria de esperar as sessões de cinema têm também uma hora estipulada, começam todas sensivelmente à mesma hora e por conseguinte se quisermos ir ao cinema fora de horas estamos tramados… O filme estava em exibição em quase tudo o que é sala em Lisboa, mas tudo se passava entre as 18:00 e as 18:15. Resultado estando às 17:50 no Vasco da gama era de todo impossível chegar ao Alvaláxia às 18:15 de modo que tive de ir á sessão das 21:00.

Esta mania de tudo acontecer à mesma hora só nos trás transtornos, engarrafamentos, confusão entupimento dos serviços, além de que torna tudo menos eficiente. Seria preferível haver horários maleáveis, tínhamos todos a ganhar.
 
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