segunda-feira, julho 30, 2007

Bairro Alto, take 18

* rua da rosa

Não gosto do bairro alto.


Pronto disse-o, assim, a sangue frio…


18 foi um número atirado ao calhas, não faço ideia de quantas vezes fui ao bairro alto, não sei se foram mais ou menos, mas sei que as vezes que gostei foram muito poucas, duas arrisco um número, e porquê? O que mais me chateia é ter de ficar na rua, pois os bares estão cheios, mas também muitos deles não interessam, ou estão cheios ou a musica é alta e não dá para conversar, ou a população é muito marcada e a permanência torna-se desconfortável para pessoas como eu, aparentemente normais. Há demasiada confusão nas ruas, imensa gente, tudo está sempre demasiado cheio. Não me tomem por agorofóbico, isso é a mãezinha, eu não stresso com a população, apenas prefiro estar em sítios mais calmos. Olha lá, tem atenção, vem ai o camião do lixo, toca a encostar à parede… vá, limpem lá isso que bem precisa, e já que aqui estão levem os copos de cerveja que estão espalhados um pouco por todo o lado…. Que treta.

Claro que sempre se vê algumas coisas interessantes, e sempre dá para cortar na casaca das diferentes tribos, mas de modo geral é desagradável.

A última visita ao bairro alto foi, no entanto, bastante boa, o tempo ajudou e não sei se foram efeitos secundários do seitan que comi ao jantar (comida muito estranha que o meu corpo não está preparado para dissolver) mas acabei sentado no chão (literalmente), à conversa com outras pessoas também elas aparentemente normais, conversas sobre os grandes temas da humanidade, as gaiolas pombalinas e as entretelas das camisas….

Lá está, o que interessa não é onde se está mas com quem se está.

A propósito de rua da rosa, logo no seu começo para quem a desce fica o bonsai, aconselha-se vivamente os temakis de robalo….

triunfo... mas de quem?



Uma das coisas que mais gostei em paris foi a vista do arco do triunfo, mas um dos monumentos que menos gostei foi o arco do triunfo. A partida isto pode parecer um contra-senso mas não é, o que eu não gosto é do que ele representa e não tanto da arquitectura do monumento.


O arco do triunfo é um monumento construído para comemorar as vitórias militares de Napoleão Bonaparte, e é precisamente isso que me causa apreensão. Napoleão foi responsável pela morte e sofrimento de milhares de pessoas, (6,5 milhões de mortos) foi um dirigente déspota, megalómano, louco sanguinário e com manias de grandeza. É inclusive visto por alguns como o primeiro anti-cristo. Ninguém diria pois chegando a paris ele é avenida Napoleão Bonaparte, praça Napoleão Bonaparte, museu da guerra Napoleão Bonaparte, ele é Napoleão Bonaparte por todo o lado. Esta estranha forma de imortalizar quem não merece acaba no expoente máximo no arco do triunfo onde estão inscritos os nomes das cidades conquistadas pelos franceses.

Não deixei de pensar que qualquer dia ainda vamos ter o museu Adolf Hitler, ou a praceta do Adolfo…

Lisboa não consta de tal arco…

guerras napoleonicas


terça-feira, julho 17, 2007

6 coisas

Coisas boas de paris


As mercearias típicas abertas pela uma da manha em que se podia comprar um cestinho de fruta.

A vista do arco do triunfo.

Bares onde se pode ouvir musica e ainda conseguir falar com a pessoa do lado (ao mesmo tempo!).

O museu de mineralogia, drooling time…

Passeio de barco pelo rio sena.

Os croissants, e as tartes de framboesa.


Coisas más de paris


Os esgotos de paris

O hotel íbis

O impressionismo, que sinceramente não me impressiona

Os preços, de basicamente…. Tudo

Água engarrafada sem personalidade, e absurdamente cara.

O chauvinismo frances

sábado, julho 14, 2007

Sobre rodas


Há aquela velha piada sobre comboios, piada essa que eu uso com uma frequência preocupante, que alega que a paragem do mesmo se deveu a um furo numa roda. A piada reside, como é óbvio, no facto das rodas dos comboios serem metálicas e consequentemente não furarem.

A não ser que o referido comboio seja parisiense, nesse caso a piada pode ser bem verdadeira. É que em paris várias linhas de metro têm composições cujos rodados são de borracha. Estava bastante entusiasmado por ver semelhante coisa, e devo dizer que foi uma experiência positiva. Como se pode ser na fotografia cada conjunto de rodados é composto por 4 pneus, dois verticais e outros dois horizontais. Os verticais funcionam como qualquer rodado de carro, rolam e o veiculo anda… os horizontais tem como finalidade manter o metros dentro do “carril” pois ao contrario dos rodados de metal, estes de borracha, não têm flange que impede que as rodas possam sair dos carris.

Em comparação com os metros normais este é sem dúvida mais confortável, como seria de esperar, é também mais silencioso, e ambas as qualidades são devidas, sem dúvida aos pneus. Os metros com pneus de borracha necessitam de menores distâncias de travagem e conseguem subir inclinações maiores. Possuem, no entanto, grandes desvantagens, é um sistema mais caro de ter e manter, gastam mais energia e devido ao calor que produzem as estações necessitam de ventilação reforçada.

E por falar em estações, bom, tal como é normal por essa Europa fora são chapa 5, são todas iguais e impessoais. No entanto acabei por encontrar algumas semelhanças com o nosso…. Milímetro…. Principalmente na forma como é feita a entrada nas gares, embora com tantas barreiras me questione se eles querem mesmo que nós entremos…

O metro parisiense parece maior do que é na realidade, isto porque a rede de comboios mistura-se com a rede de metro, como se isto não bastasse, a maior parte do percurso citadino é feito em túnel o que só vem ajudar na confusão. Mas, para aqueles que são mais distraídos existem duas formas fáceis de descobrir se estamos no metro ou na rede de comboios:

1 se a composição tiver nome estamos de facto nos comboios (sim eles dão nomes aos comboios, nomes como Gota, ou rona) go figure…

2 se as estações forem horríveis, vindas directamente de um filme futurista apocalíptico, também estamos na rede de comboios, (de facto, a estação de ponte D’alma recebe o prémio para a estação mais feia que jamais vi!)

Claro que também ajuda olhar para os carris e procurar pela electricidade. A electricidade da rede de metro encontra-se em baixo, ao pé dos carris, enquanto que numa rede de comboios encontra-se elevada.

Então…. Tecnicamente o metro do porto não é metro…..

sábado, julho 07, 2007

como atropelar um coelho



Estou certo que toda a gente que conduz já passou á noite numa estrada e se deparou com um coelho na estrada. Alguns terão desviado a sua rota para não ferir o pobre animal, outros terão feito pontaria ao bicho pensando já no jantar.

Este post não tem como objectivo criticar os destruidores da vida animal mas sim explicar de forma detalhada como atropelar os coelhinhos da melhor maneira…

Pois é, tem técnica, não basta dirigir o carro contra o bicho e passar-lhe por cima, a ideia é comer coelho á caçador e não hambúrguer!

A primeira coisa que se deve fazer quando se avista um roger rabit na estrada é ligar os máximos, os coelhos ficam encandeados e ficarão imóveis no meio da estrada. É também importante que o alvo fique a meio do carro pois se ele for atingido pelas rodas nem para hambúrguer servirá mas mais para panqueca. Depois quando se estiver bastante próximo do animal deve-se buzinar. Ao buzinar o coelho assusta-se e salta, é apanhado em cheio na zona do radiador e tem morte instantânea não ficando, no entanto, passado a ferro.

Depois o limite é a imaginação, Coelho Grelhado com Ervas, Coelho Guisado com Massa, Coelho com Amêndoas, Coelho com Arroz, Coelho com Mostarda

Apenas uma ideia

Coelho à Caçador

Ingredientes:
1 coelho
Vinho tinto
1 cebola
1 tomate
1 ou 2 folhas de louro
Alho, sal e pimenta q.b.
Margarina
Azeite

Preparação:
Coloque o coelho partido aos pedaços a marinar num preparado com vinho tinto, cebola cortada aos pedaços, alho, sal, pimenta e uma folha de louro. Depois escorra da marinada o coelho e passe os pedaços por farinha. Aloure o coelho com margarina e um fio de azeite. Junte depois a marinada. Deixe ferver um pouco e tempere com um pouco de sal e pimenta. Deixe cozer suavemente até o sabor ficar bem apurado.


*Ideia gentilmente cedida por Francisco Paulino, o melhor engenheiro geólogo da Fajarda…

 
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