quarta-feira, setembro 27, 2006

Profissão, desempregado

E pela segunda vez em menos de 1 ano vejo-me novamente sem emprego e muito feliz por isso. cá para mim o que eu gosto mesmo é de estar desempregado.

Informação desnecessária II

Fango é a palavra italiana para lama, mud no inglês.

Ganhei tanta aversão à palavra que estou a pensar deixar de comer frango só porque é parecido.

Grrr

Atropelado pelo traço continuo

Quando andava no secundário havia um jornal que se chamava jornal do incrível, a ideia era noticiar acontecimentos irreais mas (verdadeiros)? O jornal era hilariante, tinha algumas notícias verdadeiramente absurdas. Uma delas nunca esqueci, era a de um homem que tinha sido atropelado pelo traço contínuo! Sim leram bem, o traço contínuo das estradas, tinham até uma fotografia, nela podia ver-se um homem deitado na estrada com a dita marca rodoviária desenhada por cima dele.

Não sei se é para rir ou para chorar, mas esta notícia existiu mesmo.

Vem isto a propósito do quê? Ao viajar pelas estradas italianas pensava para comigo mesmo, esta noticia não seria sequer compreendida pelo italianos, eles nunca pensariam no ridículo da questão, na inverosimilhança de tal acontecer, a única dúvida que um italiano teria ao ler o jornal seria (o que é essa coisa de traço continuo?). É que para os italianos não existem traços contínuos, ou qualquer outro tipo de sinalização rodoviária, sejam passadeiras, sinais vermelhos, estradas com dois sentidos, o que quer que seja, desde que haja carro e gasolina tudo é permitido. Eu mesmo ia sendo atropelado por uma mulher que andava de bicicleta, uma mão no guiador outra no telemóvel e ala que se faz tarde, ela nem me viu…

Os italianos sempre tiveram fama de guiarem mal mas como pude comprovar do proveito também não se livram…

segunda-feira, setembro 25, 2006

O metro de milão

Deixem-me dizer-vos uma coisa sobre o metro de Milão…. É horroroso!!

Para chegar a São Guiliano Milanese tive de apanhar um metro desde a estação de Milão central até á estação de São Donato, a linha amarela, aquela que supostamente até é a melhor, a mais posh…

Já vos disse que o metro de Milão é horroroso?

É enorme, como qualquer metro de qualquer cidade europeia que se preze, Londres, Paris, Madrid. Deve fazer 3 ou 4 vezes o metro de Lisboa.

E como o metro de paris tem as estações todas iguais. Lembro-me de uma discussão que tive há uns tempos atrás acerca deste assunto em que este argumento saltou para a mesa

“ Pois, as nossas estações são todas personalizadas, todas diferentes e bastante bonitas ao contrário dos outros metros, sim, mas com o preço que elas custam fazíamos muito mais túnel e mais estações e estaria muito mais desenvolvido do que está hoje”

Isto pôs me a pensar… é verdade, fazia-se como as escolas do Salazar, todas iguais, poupava-se no arquitecto, no projecto, nos materiais, era só a ganhar. Este argumento convenceu-me.

Depois entrei no metro de Milão…

As estações são todas iguais, impera o cinzento do betão, uma faixa com a cor da linha e com o nome do sítio e ala que para a frente é que é caminho.

Os comboios estão a cair de podre, são cor amarelo vómito e fazem imenso barulho, fazem tanto barulho que é difícil ouvirmo-nos a pensar…

Onde é que está a higiene e segurança no trabalho? Ali é que devia estar e não a chatear o pessoal das obras! Estou certo que se lá fossem encerravam o estamine. A razão porque o metro é tão barulhento é fácil de perceber, o comboio não tem ar condicionado pelo que para a atmosfera ser suportável é necessário levar as janelas abertas. Ok as vias respiratórias agradecem, mas os ouvidos…

Bastaram duas estações para começar a suspirar pelo metro lisboeta… que saudades da estação do parque, da baixa chiado, do campo grande, ou da estação das Olaias, que para mim é a mais bonita de todo o metro.

Podemos não ter o maior metro das redondezas mas temos sem dúvida o mais bonito, posso mesmo dizer que temos de ir até Moscovo para encontrar um metro que rivalize com o nosso.

O metro de Lisboa é uma autêntica obra de arte.

domingo, setembro 24, 2006

Pé no travão

Foi recentemente decidido que a velocidade nas autoestradas vai ser reduzida. A razão apontada pelo governo é que esta é uma medida necessária para reduzir as emissões de CO2 de modo a respeitar o protocolo de quioto.

Até aqui tudo bem o problema é que a redução de velocidade vai se de apenas 2 km/h! Deste modo a velocidade permitida será de apenas 118km/h face aos anteriores 120km/h.

É de perguntar se esta gente regula bem da cabeça! Mas alguém realmente acredita que os condutores irão reduzir a velocidade? Mesmo que conseguissem, sim, porque os actuais velocímetros não têm definição suficiente para distinguir apenas 2 km. Mas isto já para não falar no ridículo da medida.

Aquilo que mais faz falta a qualquer governo, e diga-se de passagem, a muito boa gente, é o bom senso. Eu estou mesmo a ver como isto tudo se passou. O ministério do ambiente foi apertado (epá, não podemos fazer como os américas, já que o assinámos temos mesmo de cumpri-lo, que chatice…) houve então uma cabecinha pensadora que se lembrou que se os carros andassem mais devagar o seu consumo energético seria menor e consequentemente iriam emitir menos gases nocivos.

A partir daqui entrou em cena a regra de três simples, se 1 carro a 120km/h gasta 100% de CO2 então para gastar 98% tem de andar a y velocidade. Chega-se assim ao lapidar valor de 118km/h…

Haja bom senso…

Como Icaro

Fiz finalmente o meu baptismo de voo, num voo da TAP entre Lisboa e Milão, era suposto fazer um post a descrever as imagens maravilhosas que vi, mas não tenho palavras para o fazer, por isso nem vou sequer fazer um esforço.

sábado, setembro 09, 2006

Leaving

Space Oddity, David Bowie


Ground control to major tom
Ground control to major tom
Take your protein pills and put your helmet on

Ground control to major tom
Commencing countdown, engines on
Check ignition and may gods love be with you

Ten, nine, eight, seven, six, five,
Four, three, two, one, liftoff

This is ground control to major tom
Youve really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now its time to leave the capsule if you dare

This is major tom to ground control
Im stepping through the door
And Im floating in a most peculiar way
And the stars look very different today

For here
Am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet earth is blue
And theres nothing I can do

Though Im past one hundred thousand miles
Im feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell me wife I love her very much she knows

Ground control to major tom
Your circuits dead, theres something wrong
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you....

Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet earth is blue
And theres nothing I can do.


Durante um mês não haverá post´s para ninguém....

Pensamentos soltos acerca do 11 de Setembro

Batista bastos, escritor e apresentador televisivo tinha um programa na 2 há uns tempos atrás em que entrevistava diversas pessoas da sociedade portuguesa. O apresentador era bastante directo e frontal, por vezes a frontalidade era tal que a entrevista mais parecia um interrogatório! A dada altura lá vinha a pergunta da praxe, “Olha lá, onde é que estavas no 25 de Abril?”

A data, importante para quem a viveu acaba por não ter significado para jovens que, como eu, não eram vivos nessa altura. Mas outras datas importantes apareceram, de tal forma que uma pergunta que gosto de fazer é “Olha lá, onde é que estavas no 11 de Setembro?”

Foi um episódio tão marcante que toda a gente se lembra, eu estava na faculdade com uns amigos a organizar uma visita de estudo, lembro-me perfeitamente de chegar ao balcão para marcar o autocarro e não ser atendido por ninguém, farto de esperar entrei pelos serviços a ver se via alguém, e foi nessa altura que me disseram, “um avião chocou com o WTC…”. Na altura não consegui assimilar bem a informação, só mais tarde me apercebi da grandiosidade do que se estava a passar.

Segunda-feira faz 5 anos que os aviões embateram no WTC, como de costume vão desfilar mil e uma imagens da altura do embate, as imagens que impressionaram qualquer um não produzem hoje qualquer efeito depois de terem sido passadas até à exaustão. Todos os anos é a mesma coisa, mas imagino que este ano sendo um número redondo os jornalistas irão exagerar ainda mais, mas a única finalidade será o de satisfazer um voyeurismo mórbido, uma sede por sangue e apetência por tragédias, características bastante reprováveis mas que pelo que me apercebo é bastante frequente no cidadão comum.

Eu costumo dizer que as coisas não são boas ou más por si só, é aquilo que fazemos com elas. O mundo podia ter usado o 11 de Setembro para se regenerar de uma forma positiva e a meu ver não o conseguiu, tornou-se ainda mais perigoso, os extremos extremaram-se ainda mais, os erros sucedem-se e pior que isso são sempre os mesmos. Colocando as coisas assim, o 11 de Setembro foi algo de muito mau.

A grande vitoria do terrorismo é o medo, se deixarmos de fazer a nossa vida normal por causa do medo, antão o terrorismo terá ganho, não podemos deixar que isso aconteça, por isso esta segunda feira vou mesmo andar de avião..
 
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