quarta-feira, novembro 23, 2005

A portuguesa

esta surpreendeu-me! afinal existe mais hino para lá do hino!

aqui está a versão completa da portuguesa:
I

Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

II

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

III

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Composição

Música Alfredo Keil
Poesia Henrique Lopes de Mendonça

terça-feira, novembro 22, 2005

jingau beu

E pronto, é oficial, já estamos na época do natal, a baixa pombalina já está engalanada para a comemoração de mais um natal.

Começou a época da loucura nos centros comerciais, da fúria desenfreada para comprar mil e um presentes para toda a gente, ele é o marido/mulher, filhos, pais, mães, avós, sobrinhos, afilhados até o cão tem direito! Venham as longas filas, a confusão nas ruas e centros comerciais, que se lixe o stress o que a malta quer é gastar…

Mas há malta e malta, eu pessoalmente não sou muito gastador e por isso refreio-me sempre nas prendas até porque nunca tive assim muito dinheiro. Noutro dia, em conversa com um amigo meu ele explicou-me que no passado apenas as crianças tinham direito a prendas. Assim, graças à tradição, este ano tenho uma boa desculpa para não dar prendas a ninguém, despacho a sobrinha com outro peluche e está a festa feita! É só ter cuidado de o escolher melhor, ela não gostou muito do último que ofereci!

Mas não se pense que eu não gosto do natal, longe disso eu apenas critico as pessoas que por esta altura do ano andam desvairadas a comprar este mundo e o outro, eu próprio tb faço compras mas sempre de uma forma racional.

Apesar do consumismo que se verifica por estes dias o natal é tb uma época propicia à solidariedade. É nesta altura que se realizam, mais do que noutra época do ano, festas de solidariedade, beneficência e um sem número de acções de ajudar o próximo. Os críticos dirão “sim é verdade mas devia ser assim o ano todo”. Pois devia, devia mas não é, seja como for mais vale uma vez do que nenhuma vez.

Agora, se há coisa que eu não suporto são as músicas natalícias!!

Argh!!! Como eu as detesto, é preferível escorrer-me um pingo gelado pelas costas… Tudo menos canções de natal!!!!

Quais é que não gosto? Basicamente de nenhuma, são todas más, embora o jingle bells e o withe Christmas ocupem o pódio das piores.

Vai um tipo descansado da vida, a apreciar as decorações de natal enquanto vagueia inebriado pelo cheirinho das castanhas assadas e de repente (“and so it is christmas…. and what have you done….”) what the … até apetece ser mal educado… As letras são péssimas, musicalmente também não se aproveita muito e o tema? Bom, há gostos para tudo. Arrisco – me a dizer que até o novo cd da Diana Krall (que ainda não ouvi) deve ser de fugir. Ouvir canções de natal só se deve ser ultrapassado pelo acto de ir a um hipermercado com crianças mimadas de idade compreendida entre os 3 e os 8 anos, embora, lá está, eu baseie esta informação apenas na minha observação...

domingo, novembro 06, 2005

Informação desnecessária

Para que conste: a estátua do marquês de Pombal, em Lisboa, encontra-se à cota 93.97. Entenda-se a peruca do dito marquês…

strip tease

Noutro dia enquanto fazia zapping pela televisão estacionei num canal que passava um strip-tease. Fiquei a ver um bocado… A mulher tinha para ai 1,80 de altura, mais alta que eu, embora isto dos saltos altos engane um bocado, a dada altura a mulher já sem nada que lhe pesasse no corpo atirou-se para o ferro virando-se de cabeça para baixo! Ficou para ai a uns 162 cm de altura do solo! E pensei eu, se as mãos lhe escorregam a tipa mata-se.

Após reflectir muito sobre o assunto eu acho que as stripers deviam receber subsidio de risco pois o seu trabalho está sujeito a riscos de queda que podem por sua vez levar a lesões graves e até à morte, é injusto, pois para além destes problemas associados à sua profissão, esta acarreta ainda o ónus de ser uma profissão de desgaste rápido como os praticantes de futebol. Há que olhar para as stripers… :-)

quinta-feira, novembro 03, 2005

Referenciais

Situação 1

Uma mulher meio despida está sentada no comboio, espera calmamente a chegada à sua estação de destino. Nisto entra um homem de meia-idade, cabelos grisalhos, barriga carregada de Lúpulo, olhar cansado. Apesar de cansado, o seu olhar fixa-se na mulher, é evidente para os espectadores mais atentos que ele a deseja e não é para menos! Ai se eu fosse mais novo!!, pensa para os seus botões. Irritada a mulher desabafa, velho tarado, viste como ele olhou para mim??.

Situação 2

Uma mulher meio despida está sentada no comboio, espera calmamente a chegada à sua estação de destino. Nisto entra uma mulher carregada de sacos do supermercado, o jantar da família está assegurado por mais uma semana, repara como não o podia deixar de fazer, na mulher com roupas frugais e pensa para os seus botões, “como eu gostava de ter aquele corpinho! Era da maneira que o meu marido não se portava mal… Não sejas parva Anabela! Não penses essa coisas do teu tó-zé, eu sei que ele te ama…” A mulher sentada não consegue deixar de escapar um sorriso perante o olhar invejoso de Anabela, o seu ego ocupa agora toda a carruagem…


Situação 3

Uma mulher meio despida está sentada no comboio, espera calmamente a chegada à sua estação de destino. Nisto entra um rapaz, atrasado saltou para o comboio em pleno andamento mas isso não é nada, na tropa faz coisas bem mais difíceis, larga o seu pesado saco e limpa da testa os pingos da chuva que lá fora molham sem olhar a quem, o seu olhar apenas percorre metade da carruagem, uma figura que pouco deixa à imaginação rouba-lhe a capacidade de reparar no que o rodeia. “eh gaja boa!!! Eu… (censurado)…". A mulher sorri perante a visão do seu Adónis…"ai... se a carruagem estivesse vazia...

Love in a elevator

Apercebi-me de mais uma coisa que não gosto, partilhar um elevador com uma pessoa estranha,

É uma situação desagradável, claustrofóbica mesmo, existe cumprimento ou não, pouco interessa, logo a seguir o ar torna-se pesado com o silêncio, um silêncio ensurdecedor, que coisas horríveis estará a outra pessoa a pensar de mim? Pouco interessa, eu consigo pensar coisas ainda piores, bem piores, tenho imaginação para isso! São apenas alguns andares, segundos, mas parece uma eternidade, quando finalmente chego ao destino é um alivio…

Ok, postas as coisas desta forma estou a atribuir uma carga bastante negativa à situação, não é por causa disto que passarei a usar as escadas mas acreditem que detesto mesmo partilhar um elevador.

Ps.
Para aqueles que não sabem love in a elevator é o nome de uma música dos aerosmith, este título acaba por atribuir um tom irónico ao post e eu gosto de uma boa ironia!
E, diga-se de passagem a música não é das melhores...
 
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