quarta-feira, julho 27, 2005

No dedão e não no fura-bolo

Ir à aula magna está a tornar-se um hábito,

Sabado levei uma injecção de MPB!!

Tudo começou quando recebi convites para ver zelia duncan (zélia who?) Foi o que pensei, mas pronto era de graça e era diferente (o quanto não imaginava!) e fui à aventura.

Ao que parece, Zélia Duncan é um dos grandes expoentes da música popular brasileira (MPB). Confesso que não fiquei grande fã, gostei das músicas mais calminhas, mas quando a bateria dava azo à sua imaginação estragava tudo, aliado a isto o som não estava grande coisa, os graves estavam meio manhosos... Mas pronto, tenho de dar mais uma chance à senhora e por isso estou a “tentar” arranjar músicas dela para ouvir melhor.

Mas como disse, foi uma injecção! É que assim que o concerto acabou os resistentes rumaram a monsanto para outro concerto; desta vez não levei o carro; (Private joke).
E que concerto? Chico cesar, outro MPBeista de renome acompanhado por um triste qualquer do congo belga :-)

Claro está, que eu também não conhecia esse tal de chico césar, mas isso tb não interessa nada, “pegamos” o concerto já na ponta final mas deu para ver o tipo de música que o chico canta, bastante diferente daquela tocada pela zélia, o que se reflete no publico que estava a assistir a ambos os concertos, embora eu disso não perceba nada.

E não percebo porque sou uma pessoa distraida, ou melhor, desatenta de promenores mundanos... tenho um mundo só meu onde passo 2/3 do dia e assim acabo por me desligar do que me rodeia. O que não quer dizer que não seja bom observador e que não esteja constantemente a estudar o comportamento humano e animal. A juntar a isto, existe um sem numero de coisas que penso quando conheço algém pela primeira vez, e outro sem numero igual de coisas em que não penso...

Isto tudo para dizer o que? Estava eu á espera do concerto quando me chamaram à atenção de um pequeno promenor acerca da generalidade do publico. Descendo à terra e olhando com olhos de ver pude constatar que era verdade. Foi como disse no paragrafo de cima, há coisas em que penso e outras em que não penso...

No entanto duas coisas intrigaram-me...

1º como é que se distingue um benfiquista de um sportinguista e de um portista (se este não abrir a boca)?, como é que se distingue uma pessoa que prefere ter cães de outra que adopta gatos como aninal predilecto? Como saber os obectivos e e metas pessoais (casamento, filhos) apenas olhando para ela? Se calhar não se consegue, ou se calhar sou eu que sou muito distraido e podia ter passatempos mais divertidos...

Fui investigar...

2º 3 razões levaram-me a ir ao concerto, fui para estar com quem gosto, para conhecer uma música diferente, para arejar ideias, porque o bilhete ficou baratinho ( se não, ia na mesma :-) )

Mas e resto do publico anónimo que me rodeava?

Será que a música da zélia lhes toca no coração? Porque seguem um ícone? Porque sentem a força de grupo como os adeptos no estádio de futebol?

Para isto não encontrei explicação, nem ninguem ma soube dar, mas por mim está tudo bem, no fundo o que todos precisamos é de uma razão para sairmos da cama logo pela manhã, e desde que não seja para dar um tiro no vizinho...

Mas acima de tudo não me compreendam mal, longe de mim julgar quem quer que seja, antes pelo contrario como diria Sheryl Crow “if it makes you happy it can´t be that bad”...

Para saber mais


http://zeliaduncan.com.sapo.pt/

http://www2.uol.com.br/chicocesar/index2.htm

http://www.apaixonadas.net/artigos/lesgal1.html

terça-feira, julho 19, 2005

Raise your hands

Ontem, cansado de esperar a minha vez de passar num cruzamento arrisquei numa pequena aberta e lancei o carro para a estrada, o outro veiculo que se apresentava pela direita teve de abrandar para não bater, (a minha mãe não gostou)... Claro está, que me apercebendo que o outro tinha razão, levantei a mão para pedir desculpas. Mas no fundo o que fiz foi utilizar o gesto mais ambíguo da condução portuguesa, levantar o braço…

Vocês já repararam na quantidade de coisas que pode significar levantar o braço??
Querem exemplos?

Faz-se uma asneira, levanta-se o braço para pedir desculpas
Vê-se alguém conhecido, Levanta-se o braço
Quer-se mandar alguém a um certo sítio, levanta-se o braço
Para dizer adeus, levanta-se o braço…
Para agradecer, levanta-se o braço
Quando não se sabe o que dizer, levanta-se o braço

No fundo além de um pé no acelerador e outro no travão o que interessa é uma mão no ar para… o que for…. Porque no fim está sempre tudo bem…

P.S. existe tb uma outra variação do braço no ar que consiste em levantar o braço (duhh) e depois modificar a geometria dos dedos de modo a que o dedo do meio permaneça erecto ao passo que os restantes se curvam como se os quiséssemos esconder. Esta variação já não é tão ambígua como as restantes e serve….. para…… Ouvir a buzina do outro carro!

No fundo não interessam os disparates que façamos, depois basta levantar o braço que fica tudo bem.

quarta-feira, julho 13, 2005

A ultima dança

Pois é, vá-se lá saber porquê (eu pelo menos ainda não entendi) a gulbenkian decidiu acabar com a sua companhia de ballet. Ao fim de 40 anos a companhia é evaporada sem apelo nem agravo.
Para mim, que gostava imenso do seu trabalho é uma noticia muito triste, lembro-me da primeira vez os vi actuar, tinha acabado de fazer um exame de 10 horas e a minha cabeça estava feita em água, aceitei o convite com alguma relutância pois tinha uma ideia muito negativa acerca do ballet contemporaneo.
Bastaram alguns minutos para me render completamente, tornei-me fã e nestes ultimos anos vi todos os espectaculos. Em todos havia sempre uma peça má geralmente a do meio mas que era sempre suplantada pelas outras.

Agora isso tudo acabou, já não há ballet gulbenkian e consequentemente já não há ballet contemporâneo em portugal, sim, porque o resto é paisagem.

dificilmente os responsáveis mudam de ideias mas em todo o caso protestar faz bem, por isso deixo-vos o link para a petição on-line onde poderão deixar o vosso nome em sinal de protesto por esta decisão..

http://www.petitiononline.com/bg05ext/petition.html

segunda-feira, julho 11, 2005

Ou a falta dela...

a sorte é apenas um meio dos homens se desculparem (António Subtil, 2005)

domingo, julho 10, 2005

Na minha ilha não

O nosso amigo alberto joão disse que não queria chineses, indianos e gente de leste na sua ilha...
Logo veio a terreiro o nosso presidente comentar que as afirmações podiam ser consideradas racistas....


Podiam????

Longe de mim pensar isso...

Tem mau aspecto mas é saboroso

Arroz de Lophius piscatorius

Ingredientes:
Receita para 4 pessoas:
800 g Lophius piscatorius
350 g arroz
200 g tomate maduro
1 cebola picada
4 dentes de alho picado
2 folhas de louro
1 pimento verde cortado às tiras
2 dl cerveja sem álcool
Sal, coentros e piri-piri q.b.

Preparação:
Faça um refogado com a cebola e o alho picados, louro, sal e azeite. Quando a cebola ficar loura junte o tomate, sem pele nem grainhas, previamente picado. Deixe refogar. Depois de refogado, adicione a cerveja e água.
Junte o pimento e o arroz. Quando este estiver a meia cozedura, junte o Lophius piscatorius e deixe cozer lentamente.
Se necessário, adicione água e, quase no fim, rectifique o tempero. Junte os coentros picados e o piri-piri.

Eu não gosto de arroz de Lophius piscatorius... nada, nada.........
 
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