quinta-feira, julho 24, 2008

SOS




O SO2 ou dióxido de enxofre é um gás altamente tóxico que pode ser formado através da combustão de pirite


a formula química é fácil e é como se segue

4 FeS2(s) + 11 O2(g) → 2 Fe2O3(s) + 8 SO2(g)


FeS2 é a formula química da pirite, a pirite, ao ser queimada ou no caso da mina rebentada com o uso de explosivos liberta SO2.

O fenómeno tb chamado de explosão de pirite, no qual se chega a atingir os 1000 graus!, é controlado por vários factores como a temperatura da explosão ou a presença de pó de pirite na frente da explosão. O diâmetro das particulas tb é importante.

A minha primeira experiência com o SO2 foi no mínimo de despliscencia, senti o gás que toda a gente diz saber a doce (treta), e pensei para os meus botões, oh que chatice, enxofre... e continuei a trabalhar como se nada fosse. no dia seguinte voltei a sentir aquele cheiro metálico do SO2 e como no dia anterior agi como se nada fosse. o pior foi quando me sentei
para almoçar, já tinha a cabeça á roda e assim que vi a comida comecei com vómitos e o dia ficou por ai, passei o fim de semana com diarreia e garganta arranhada e pior que tudo... sem apetite.

Depois de casa roubada trancas à porta, e depois deste episódio passei a ter muito mais cuidado para além de me fazer acompanhar de um detector de SO2.

noutro dia voltou a ocorrer explosão de pirite, peguei no meu fiel detector colei-o no espelho retrovisor e enfiei-me galeria adrentro. Apesar da nuvem de fumo ser claramente visivel não resisti a entrar dentro dela, o detetor disparou, 97 ppm e depois deixou de ler, eram 150? 200? quem sabe. O que eu sei é que 5 ppm é nocivo para a saude, não devemos estar expostos
mais do que 15 minutos a esta concentração, 400 ppm mata instantaneamente, e 150 ou 200? serão precisos quantos segundos? 2, 3? foi enfrentar a morte, foi como estar num precepicio e ter a escolha de dar um paço em frente, ou não. Ali, tudo o que seria preciso sera abrir o vidro...
Às vezes vejo-me em cada situação na mina que penso, se calhar o melhor era ter ido para bibliotecário....

NOT

quinta-feira, julho 03, 2008

Bike tour 2


Já com um dorsal a condizer partimos rapidamente para a gare do oriente, local de recolha dos participantes em autocarros da carris, que nos iriam despejar na ponte, local da partida. Os Autocarros deveriam partir entre as 8 e meia e a 9 e meia, mas para sermos os primeiros a partir e a chegar (na prova) eram 7 e pouco quando saímos de casa. Eram 7 e meia e já estávamos na bicha e a ter comportamentos nada suecos reclamando o tempo de espera e criticando tudo e todos. Fomos no 4º autocarro, entre chegar agarrar a bicicleta que tínhamos direito, (uma verdinha, muito fixe), eram umas 9 horas e estávamos preparadíssimos para começar. Ai esperámos, esperámos e esperamos. Pelas 10 horas lá ouvimos o speaker da prova a anunciar todo contente que apenas faltava hora e meia para começar a prova!!! Caiu-me tudo, dei por mim sentado no alcatrão da Vasco da gama a torrar ao sol pois esqueci o protector solar, cheio de fome, porque esqueci de tomar o pequeno-almoço. Oh sorte marreca… não percebia como tudo isto podia acontecer, se os autocarros acabavam de partir pelas 9:30 como é que a prova só começava pelas 11 e meia? Depois percebi, a culpa era dos VIPs que ainda iam tomar pequeno almoço e vinham só mais tarde, nada de madrugar como o resto do povo… oh raiva

Felizmente toda esta gosma se desvaneceu quando comecei a correr, não havia praticamente vento nenhum e o rio estava calmíssimo, a paisagem era deslumbrante e o passeio acabou por ser curto, eu tinha algumas duvidas de como me iria portar visto já não pegar numa bicicleta faz anos, mas correu muito bem, acabei por ser dos primeiros a chegar e não fosse a bicicleta atraiçoar-me e chegaria ainda melhor. È que o banco insistia em descer e fiz metade da prova como se de um triciclo se tratasse.

Resta sim, falar da bicicleta, para o que custou não está nada mal, claro que não é perfeita, as mudanças não entram muito bem, mas é bem melhor que a minha made in continente e já com uma década em cima.

A experiencia é para repetir, mas para o ano chego mais tarde, já não me enganam mais …

lisboa bike tour parte 1

Realizou-se dia 22 de Junho mais um bike tour Lisboa, que teve a grande particularidade de me ter como participante… o que esteve para não acontecer. A prova consiste em atravessar a ponte Vasco da Gama de bicicleta desde a margem sul até ao pavilhão de Portugal numa extensão de 13 km´s. Parece complicado mas a maior dificuldade é mesmo conseguir inscrever-se na prova. Isto porque o número de participantes está limitado a 10000 pessoas, o que resulta no esgotamento dos lugares enquanto o diabo esfrega o olho. Este ano não foi excepção e quando a publicidade ao evento saiu na tv já não havia lugares. Ora, face a esta conjectura está claro que eu não me inscrevi e não iria participar não fosse a marina ter-me convidado para participar usando para tal a inscrição da irmã.

Claro que pelo meio houve um perónio partido com arrancamento de ligamentos pelo que a prova ia ser mesmo feita por mim e pelo João.

Até aqui tudo bem, como dizem os lemas destes eventos desportivos, venha correr por uma causa, ou mexa-se pela sua saúde etc etc. Mas ao ler o regulamento da prova verificamos que tal não era possível, a inscrição era pessoal e intransmissível e só era dada bicicleta a quem participasse na prova e no caso de falta o dinheiro nunca era restituído. Numa primeira análise ainda se equacionou que participássemos como se fossemos nós as pessoas inscritas, mas diga-se de passagem que não dava muito jeito eu participar com um dorsal a dizer Sandra Oliveira.

Ao ler o regulamento ficamos meio irados com aquilo que estava exposto, porque se o que realmente importa é participar pouco importa se quem participa não é uma Sandra mas um António, e também deveria haver mecanismos para ressarcir os azarados que partem uma perna um dia antes da prova iniciar.

Armados de todo o tipo de argumentos dirigimo-nos ao local de entrega dos dorsais preparados para a guerra….

Logo assim que entrámos fomos desarmados pela simpatia com que fomos recebidos pelo segurança, que inclusive costumam ser os mais obtusos, logo ali, ao observar as muletas foi sugerido que estaríamos ali para trocar a inscrição… e pronto fomos recebidos por um responsável que nos indicou logo um balcão para que fosse efectuada a troca, fomos bem atendidos, foi rápido e ainda houve uma t-shirt a mais para a pobre inválida que não poderia atravessar o Tejo.

Apesar de contentes não deixamos de nos sentir um pouco envergonhados com o tudo o que estávamos a pensar, talvez porque a maior parte das vezes não somos bem atendidos ou quem tem o poder de alterar as coisas muita das vezes demonstra muita pouca flexibilidade para aquilo que foge um pouco à “normalidade” enfim, ponto para eles.

 
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