quarta-feira, março 26, 2008

CU

Agora que vou comprar um carro novo a minha mania das matriculas conheceu novo ânimo.

A ideia é andar à coca de uma matricula mais recente do que a ultima que acabámos de ver.


Tudo começou quando as matriculas mudaram e passou-se a ter as letras no meio, a minha curiosidade levou-me a andar á procura do primeiro carro com essa particularidade, os AA, mas depois foram os AB´s e os AC´s e por ai fora… sempre à procura de uma matricula mais recente, a ponto de muitas vezes nem ligar ao carro e só querer saber da matricula.


Depois passou-me, mas agora que terei um carro novo (mais tarde ou mais cedo) estou muito curioso na matricula que me irá calhar. Actualmente vai se no FJ pelo que o carrinho será um FJ ou FL, ou se tudo se atrasar ainda mais, um FM. FM soava muito melhor que FL ou FJ, mas mais vale um FL agora que um FM depois… ehehe… FI é que não! O que por pouco ia acontecendo….


E não… não se trata de um preciosismo, isto é um assunto muito importante pois as matriculas fazem parte da estética do veículo, além de que permitem uma série de trocadilhos e baptismos que podem ser bons ou muito desagradáveis.


A título de curiosidade a matricula CU foi abolida pela DGV, isto tudo porque todas as pessoas que queriam matricular os seus carros estavam a fazer um compasso de espera para que a sua viatura não foi um CU. Como os processos se estavam a arrastar a DGV teve de tomar uma atitude e deixou cair a terminação passando do CT para CV.


Agora imaginem que tinham um CU, ou melhor, que o vosso carro era CU, já pensaram na quantidade de trocadilhos que iriam sofrer por causa disso?


“olha olha, agora tens dois…”

“vê-lá se lavas o carro tens o cu todo sujo”


And so on, and soo n…


Já para não falar na eventualidade de ter um acidente o que só por si já era mau lá teria de gramar com “olha, foram-te ao CU…”

Estou ansioso de ver o que me calha….

sexta-feira, março 21, 2008

Farol parte III (vida de faroleiro)

E o que faz um faroleiro?

“Ser faroleiro? É o melhor emprego do mundo, recebem bem e não fazem mais nada a não ser pescar o dia todo, e dormir de noite…. Ah sim, e ligam e desligam o farol J” e ainda por cima têm adjuntos!!

Se isto é o que faz um faroleiro o que farão os seu adjuntos? Confesso que não fiquei nada entusiasmado com o trabalho de faroleiro. Mas enquanto visitava o farol lembrei-me de quando trabalhava em alter do chão e tive de acompanhar uns arqueólogos. Nessa altura, revirei os olhos e pensei “ que seca, aturar esta gente que fica entusiasmada com cacos de barro só porque tem 2 mil anos, como se isso fosse alguma idade importante.” Mas claro que não brindei os arqueólogos com este desprezo porque não consegui. Não consegui porque vi neles e no trabalho que faziam, o mesmo amor com que olho a geologia e aquilo que faço.


Com a mesma paixão falou-nos o faroleiro, da torre, das lentes fresnel, de todo o mecanismo do farol, das bóias que têm de colocar à entrada da barra, de todos os outros faróis espalhados por Portugal…. Como não gostar ou não nos sentirmos entusiasmados com os faróis os faroleiros e a sua importância?


Pode não ser um trabalho tão movimentado como o meu mas é bem importante.

farol parte II (jogos de luz e sombras)


Farol: estrutura elevada, habitualmente uma torre, dotada de um potente aparelho óptico (fonte de luz e espelhos ou reflectores), cujo facho de luz é visível a longas distâncias.


A ideia, desde há incontáveis décadas sempre foi o de orientar a navegação, ajudar as embarcações a encontrar o caminho para terra, evitar um futuro sombrio nau(fragada) algures em parte incerta.


Serve o foco de luz para guiar as embarcações para porto seguro, e foi assim que me senti, como um barco, que após longo tempo à deriva encontra um porto seguro, sem que o esperasse, no meio da confusão, das ondas e dos ventos, a luz foi aparecendo, e sendo cada vez maior me guiou a terra, a um porto seguro.

Farol parte I


O convite…. 4 Dias num farol, amigo de infância, namorada do amigo, amiga da namorada, visitar o Algarve e Sevilha no super-kadett, passear na praia no Inverno, comer barriga de atum ….


Sim, como se eu precisasse de muitas desculpas para passear…


Confesso que tinha algum receio do nosso meio de transporte, apesar de ter feito todas as minhas viagens em carros velhos, não me sentia muito confortável numa viagem a Sevilha num carro com 21 anos…. Mas aquele carro não é um carro normal e claro está não nos deixou mal. Quem nos deixou mal foi o meu estômago que numa rara crise estomacal não aguentou com duas mega tostas de frango e atum carregadas de maionese e manteiga, (vá-se lá saber porquê?). esta… gravidez sevilhana… prejudicou bastante a nossa visita ao pais vizinho, e para ser resolvida teve de englobar uma visita nocturna às urgências de vila real de santo António, confesso que estava um pouco receoso pois vê-se tanto alarido com as urgências hospitalares que não sabia bem o que esperar, mas tudo correu bem, se Sevilha me passou ao lado, o resto do Algarve foi apreciado com muito mais força.


Gosto do Algarve, mas apenas nesta altura, deserto de turistas, mais calmo e sem confusões e com preços normais. Ao passear na ilha de Tavira onde apenas os ouriços e as gaivotas davam sinal de vida imaginava com seria aquilo no verão, apinhado de gente, um horror sem dúvida…


Só faltou mesmo a barriga de atum, tanto alarido com um prato de comida, não percebia. Seriam as vísceras retiradas da barriga e depois recheada com outros petiscos? Mas se é assada? Não percebo. Após termos desistido de procurar um restaurante com o dito petisco, lá perguntámos o que era.


A barriga de atum é a parte mais cara e nobre do atum, é a parte do lombo de grande grossura. Aquilo que nos foi explicado é que é cortada do peixe fresco e deve se logo preparada porque senão perde qualidades e estraga-se. Além disso ao que parece os japoneses adoram barriga de atum, para fazer sushi e sashini chegando a pagar 200 euros por kilo. Dai ser difícil encontrar nas nossas bandas.


Fiquei fã de faróis, espero voltar em breve.

 
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