terça-feira, outubro 18, 2005

Lei e Ordem

Aqui há cerca de duas semanas, a minha faculdade (a FCT para que não haja dúvidas) celebrou mais uma festa do caloiro. Esta festa é uma típica festa universitária, com a diferença que marca o fim da semana de recepção aos novos alunos e é um pouco mais elaborada, embora eu não seja a pessoa mais indicada para falar sobre isso porque nunca fui a nenhuma…

Este ano as coisas não correram muito bem….

Corria a festa a bom ritmo quando apareceu a policia. Esperem… Eu disse policia? O termo não é o mais adequado, quem se fez convidado para a festa foi o corpo de intervenção rápida de GNR (acho que é este o termo), vocês sabem quem eles são, são aqueles tipos armados com cacetete e escudo transparente e todos almofadados que costumam meter a ordem nas claques de futebol e nos activistas anti-globalização
:-)

Aparentemente havia uma queixa de ruído e a festa tinha de acabar. Para quem conhece a FCT este argumento é no mínimo estranho visto nas redondezas não existirem quase prédios nenhuns mas eu nem vou por ai… O que me perturba foi terem enviado a polícia de choque. Haveria necessidade disso? A verdade é que chegou-se a um acordo para a festa acabar às 4 da manha (o que aconteceu) e foi por essa altura que os policias fizeram o gosto à mão e arrearam forte e feio nas pessoas que estavam por lá chegando a ferir 9 alunos que precisaram de tratamento hospitalar.

Feio, muito feio, pela primeira vez desde o 25 de Abril a policia entrou numa faculdade e sem autorização. Apenas a direcção tem o poder para autorizar a sua entrada e isso não aconteceu (palavra dos próprios directores). E qual era a necessidade de agredir assim os alunos? A música já estava parada…. Enfim, cenas muito tristes….

Ao contar este episódio lá em casa a minha mãe lembrou-se de um outro episódio que se passou com ela há muitos anos atrás. Trabalhava ela na secretaria de uma universidade quando a pide, aproveitando a ausência do reitor, lhes fez uma visita de cortesia. Enquanto partiam os cacifos e armários à coronhada, murro e pontapé em busca de documentos, uma colega da minha mãe dirigiu-se a eles com a chave tentando explicar que não havia necessidade de tal comportamento uma vez que a chave dos armários estava ao seu dispor.

Todos nós sabemos a resposta que se seguiu…

Não é que eu esteja a tentar fazer analogias, longe disso, mas bolas, ás vezes parece que não se evoluiu nada…

3 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente é a polícia que temos.
Acho que antes disso já tinha havido problemas no rali das tascas em que alguns energumenos partiram casas de banho e outras coisas...
Depois como a polícia gosto muito de vinganças decidiu fazer o que fez.
É muito triste quando assim acontece. Estavam só à espera de alguma queixa para actuarem..

Anónimo disse...

Calma aí pessoal, é obvio que não concordo com a conduta da nossa força de segurança, porém é necessário lembrar que os vizinhos da FCT fizeram queixa sobre ruído e que alegadamente havia alguma desordem na festa, tal como houve no Rali das Tascas...

Embora a entrada seja ilegal ou não concedida por quem de direito, esta situação tem um contexto.

PM

antonio_subtil disse...

Sim é verdade que houve um contexto, mas então isto é como aqueles arbitros que marcam um penalty e depois, quando se dão conta da asneira, desatam a marcar faltas ao contrario para compensar.

Estou mesmo a ver, como o pessoal se portou mal durante a semana vamos lá dar as bordoadas que eles mereciam...

 
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