sábado, junho 30, 2012

Insanidade, ou sanidade a mais?


O mundo é um lugar estranho, é um cliché, mas as próximas duas notícias parecem sublinhar esta estranheza, esta falta de lucidez, esta loucura que nos encaminha a passos largos para, não querendo usar a palavra abismo, um lugar de onde dificilmente poderemos voltar para trás.



Então… Eu confesso que adoro Estocolmo, e claro, o Pais que a alberga, mais que não fosse pela beleza natural. Mas claro está, para os lados da Escandinávia o Sol não abunda, e só dessa maneira se pode explicar a proposta de lei que proíbe os homens de urinarem em pé! Sim, leram bem, o partido de esquerda de Sörmland elaborou uma proposta de lei no sentido de obrigar os homens a urinarem sentados. Segundo os defensores da proposta, esta forma de libertar a bexiga é muito mais higiénica e medicamente mais aconselhada. Um dos membros deste partido diz que é sua intenção tornar as casas de banho sem distinção de sexo. Espero ansioso pelo verão e pelos raios de sol que tanta falta fazem a esta gente e às suas ideias…

A segunda história leva-nos para a índia, esses sim têm bastante sol. A história é a de um homem que se candidatou a presidente apenas para provar que está vivo! Confuso? Eu explico. Santosh Kumar Singh, um cozinheiro de 32 anos, está à 9 anos a tentar provar que está vivo depois de os seus familiares, de castas superiores, o terem declarado morto depois de este ter tomado a decisão de se casar com uma intocável.

A sociedade indiana está estratificada por castas, desde os mais poderosos, os brama até aos intocáveis, (os intocáveis, ou Dalit, são considerados impuros e são totalmente postos à parte da sociedade Indiana).

Os pais ficaram tão furiosos com o filho que preencheram um papel a dá-lo como desaparecido, papel que se transformou em dado como morto, visto que os seus familiares até encenaram um funeral.
Ao fim de 9 anos este homem ainda não conseguiu provar que está vivo apesar de…. Bem, estar mesmo vivo…!

Ambas as histórias são cómicas de tão ridículas que são, e apenas servem para confirmar a tese de que estamos rodeados de malucos. E embora isso até seja verdade, não nos podemos limitar a uma análise superficial. 

Os suecos são tudo menos malucos, e por detrás de argumentos aparentemente aceitáveis como saúde pública ou higiene, estão reais motivos de controlo, de eugenia, de nos obrigarem a ter determinados comportamentos para nos salvar, de nós mesmo! E claro de ataque à figura masculina, pois convém referir que este partido é todo pró movimento femininista. O argumento será mais assim, “se a mulher não pode urinar sentada, então o homem também não pode, para ficar tudo igual”…

O segundo caso é muito pior, em primeiro lugar a própria existência de castas é mau o suficiente, é apenas uma forma de racismo tão grave como o apartheid, só que em vez da distinção ser na cor, é feita pelo nascimento, quem é brama pode tudo, quem é intocável nem com a sombra pode tocar nas outras castas. As raízes desta separação de castas encontra-se bastante enraizada na religião hindu que é bem diferente da religião cristã, (ao contrário daquilo que irá ser impingido nos próximos anos). Eu como cristão considero que todas as vidas são importantes independentemente da origem credo, cor etc… Jesus nunca iria concordar com a religião Hindu.

Mas outra coisa me preocupa. Hoje temos cartões de toda a espécie, Cartão de cidadão, carta de condução, passaporte, dezenas de cartões de fidelização, queremos abrir uma conta num banco até o nome dos nossos pais nos pedem… enfim, o estado tem todas as informações que precisa de nós e mais até, facilmente recuperaríamos os nossos dados se perdêssemos a carteira e também seria quase impossível desaparecer do mapa sem deixar rastro e ser apanhado. 



E se fosse o próprio sistema a apagar-nos? Será que conseguíamos provar que existíamos? Pois claro que sim, temos amigos, eles iriam ver-nos, podíamos partir uma montra com um tijolo e ir presos, os mortos não são presos! Ou então podíamos candidatar-nos a presidente. 

E se num futuro próximo desaparecessem os cartões todos e a nossa vida fosse toda posta num microchip instalado no nosso corpo, toda a nossa vida médica, as contas do banco, o sistema de pagamento, e sendo obrigatório quem não o tivesse estaria proscrito da sociedade pois não iria poder usufruir de nada do que esta oferecia, estaríamos como os intocáveis com a agravante de nem sequer ter o que comer. 

Mas viver com esse chip era como ter uma corrente de estrangulamento ao pescoço, que se apertaria quando o estado quisesse…

E vocês iriam querer viver num mundo assim?

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2 comentários:

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