Com certeza já todos ouviram
falar do cavalo de Tróia, a expressão tem a sua origem na conquista da cidade
de Tróia, segundo a lenda, os gregos construíram um enorme cavalo que
ofereceram aos troianos, estes pensando ser um presente dos deuses trouxeram-no
para dentro das muralhas da cidade, o problema é que dentro do cavalo estava
uma pequena porção do exército grego, que dentro das muralhas de Tróia, conseguiram
abrir as portas da cidade ao restante exército, que assim conquistou Tróia
acabando com um longo cerco.
O rei dos gregos há altura
era Agamémnon que quando regressou a Atenas entrou no seu palácio caminhando
sobre uma passadeira vermelha, já dentro do palácio encontrou a morte às mãos
da sua mulher e do seu amante. Desde então a passadeira vermelha passou a ser o
símbolo da arrogância dos vencedores.
Domingo passado foi
transmitida a 82 edição dos Óscares, confesso que nos dias de hoje já não tenho
a mínima paciência para aturar a entrega dos Óscares e tudo o que ela
significa, longe vai o meu tempo de faculdade em que na ausência de televisão
ficava pregado a noite toda a ouvir a TSF que transmitia a cerimónia via rádio!
Que perda de tempo!
Os vencedores são escolhidos
não pela sua qualidade mas por jogos de bastidores “não te vou dar Óscar porque
falas sobre assuntos polémicos”,” mas este leva Óscar porque fala de veteranos
de guerra e isso é bom para o moral”, “e tu… até merecias mas este ano não
levas nada porque já te demos o ano passado” , e que tal decidir que o Porto
não pode ser campeão porque já foi o ano passado!! É como organizar uma corrida,
escolher que vai participar e já ter de antemão a lista com a posição em que
cada concorrente vai ficar… não contem comigo para isso.
Hoje o verniz da indústria
cinematográfica e do entretenimento caiu por completo. É uma indústria corrupta
e cujos objectivos não são necessariamente o entretenimento; e diga-se de
passagem, quem é que quer ser entretido quando o mundo está como está?
Naturalmente que continuo a ver filmes, mas já não os vejo com a minha inocência
de antigamente, hoje divirto-me a tentar encontrar a palavra sex,
subliminarmente colocada entre imagens, tento ler o que estiver escrito no
fundo dos cenários longe do olhar distraído do espectador, atento à introdução
de logos de marcas que acontecem por “”engano””.
Ao ver a entrada daqueles
artistas a passearem-se na passadeira vermelha os seus vestidos alugados, os
seus falsos sorrisos, não consigo deixar de pensar naquela falsidade toda e no
que Annie Lenox uma vez escreveu, alguns gostam de usar, outros gostam de ser
usados”…
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