sexta-feira, abril 08, 2011

Conspirações (A crise parte II)

Apesar de ser um pantomineiro da pior espécie Sócrates ainda diz algumas coisas acertadas, e uma delas é que Portugal tem sido atacado por especuladores, Louçã vai ainda mais longe e usa a expressão agiotagem. De facto, apesar de todos os problemas que temos, como viver acima das nossas possibilidades e gastar dinheiro muito mal gasto, as empresas de rating não tem facilitado as coisas, e é bem de ver que por esse mundo fora existem países e até estados americanos bem piores que nós.

A união europeia mostrou que pode ser europeia mas não é uma união, e em vez de defender os países como um todo está a deixá-los cair um a um.

E percebe-se porquê, Francisco Louça (o tal da Agiotagem) mostrou um gráfico muito interessante em que mostrava o total de divida grega, irlandesa e portuguesa e os países a quem deviam… e quem são? Alemanha, França, Inglaterra e Espanha, (que terá um valor elevado graças a Portugal). Não é preciso ser um teórico da conspiração para encontrar aqui algo que não bate certo, ou melhor, bate certo até demais, e ajuda a perceber porque é que as agências de rating nos pressionam e os ditos mercados nos empurram mais contra a parede e a Ângela não parece querer salvar-nos, é que com a entrada do FMI, acima de tudo, o que fica garantido é que a dívida é paga aos credores, e um dos credores é a Ângela, por isso está tudo bem, pouco importa se ficamos na pobreza durante uma década pois o dinheirinho volta para os bancos alemães.

Claro que não podemos esquecer os problemas que criámos nós mesmos. Os políticos portugueses, governo e oposição também colaboraram, e muito, para o actual estado de coisas, e fazem-no porque sabem que são inimputáveis e quando saem do poder já amealharam o suficiente para não terem chatices.

A dívida monstruosa, os políticos que tapam um buraco com a terra de outro maior que escavam ali à frente, os gastos faraónicos em obras duvidosas, os quilómetros de auto estradas vazias os gastos com o estado de mil e um institutos que servem para nada (como o instituto para a implementação das novas tecnologias de informação na justiça) WTF???????? Nada disto é culpa da Ângela. É só nossa…

Em suma, se não queremos ter problemas com agiotas não lhes peçamos empréstimos. Eu, se ganhar 100 não vou gastar 100, gasto só 80, Portugal ganhava 100 e gastava 120, só podia dar asneira não é?

Pode ser, que estes anos de travessia no deserto sirvam para alguma coisa, pode ser que as pessoas acreditem que não precisam de tantos bens materiais para serem felizes. Agora com pouco dinheiro teremos de aprender a fazer escolhas racionais e gastar apenas onde é preciso. Se já tenho 15 pares de sapatos não preciso de um 16º e por ai adiante, como já o fiz aqui volto a citar Jorge palma, “reduz as necessidades se queres passar bem”.

e citando também Margareth tatcher "o socialismo é bom até se acabar o dinheiro dos outros...."

Eu gostaria de acreditar que sim.

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