Escrito em 1949 por George Orwell, o livro 1984 é um clássico
da literatura inglesa, um “romance” distópico que idealiza um mundo sem
privacidade e desprovido de todos os aspectos que humanizam a nossa sociedade, amor,
amizade, a entreajuda, a justiça, princípios morais, Deus, verdade são apenas
alguns dos conceitos abolidos, por um partido único, um regime totalitário que
controla todos os aspectos da sociedade. Conhecido como o livro que deu a conhecer
ao mundo o conceito do big brother ele é muito mais do que um aviso à falta de
privacidade, é um grito subtil do que espera a humanidade se seguir o caminho
que está a seguir. Confesso que não acabei de ler o livro, parei a 20 páginas
do fim quando me apercebi que não iria ter o fim que queria, não que seja
daquelas pessoas que torça sempre por um final feliz, mas queria mesmo que o livro
não terminasse como termina. Depois da irritação passar, uns dias depois,
apercebi-me que o livro só podia fechar como fecha, não se trata de um romance para
entreter mas um sinal de alerta. Nem que fosse apenas por essa razão, torna-se
um livro obrigatório nos dias que correm.
Um dos conceitos das fortes no livro é o da falta de
privacidade, todos os habitantes são vigiados constantemente por câmaras e
microfones que espalhados por todo o lado monitorizam todos os aspectos da vida
de cada cidadão, procuram inclusive pequenos esgares nas faces do individuo
para perceber o que está a pensar ou sentir, seja no trabalho ou até na casa de
banho tudo é espiado vigiado e controlado.
Certamente que os primeiro leitores que contactaram com o
livro na década de 50 ficaram admirados com a imaginação de Orwell. Hoje a 18
de Junho de 2014 o jornal público escreve esta noticia:
Hexo+, o drone que nos segue para todo o lado
Palavras para quê? Qualquer semelhança com a
ficção é pura realidade.
No livro não é bem explicado como é que se chegou
àquele estado, mas eu sei como é que nós vamos emular 1984, vamos implorar e
aplaudir para nos tornarmos em Oceânia.
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