quinta-feira, julho 03, 2008

lisboa bike tour parte 1

Realizou-se dia 22 de Junho mais um bike tour Lisboa, que teve a grande particularidade de me ter como participante… o que esteve para não acontecer. A prova consiste em atravessar a ponte Vasco da Gama de bicicleta desde a margem sul até ao pavilhão de Portugal numa extensão de 13 km´s. Parece complicado mas a maior dificuldade é mesmo conseguir inscrever-se na prova. Isto porque o número de participantes está limitado a 10000 pessoas, o que resulta no esgotamento dos lugares enquanto o diabo esfrega o olho. Este ano não foi excepção e quando a publicidade ao evento saiu na tv já não havia lugares. Ora, face a esta conjectura está claro que eu não me inscrevi e não iria participar não fosse a marina ter-me convidado para participar usando para tal a inscrição da irmã.

Claro que pelo meio houve um perónio partido com arrancamento de ligamentos pelo que a prova ia ser mesmo feita por mim e pelo João.

Até aqui tudo bem, como dizem os lemas destes eventos desportivos, venha correr por uma causa, ou mexa-se pela sua saúde etc etc. Mas ao ler o regulamento da prova verificamos que tal não era possível, a inscrição era pessoal e intransmissível e só era dada bicicleta a quem participasse na prova e no caso de falta o dinheiro nunca era restituído. Numa primeira análise ainda se equacionou que participássemos como se fossemos nós as pessoas inscritas, mas diga-se de passagem que não dava muito jeito eu participar com um dorsal a dizer Sandra Oliveira.

Ao ler o regulamento ficamos meio irados com aquilo que estava exposto, porque se o que realmente importa é participar pouco importa se quem participa não é uma Sandra mas um António, e também deveria haver mecanismos para ressarcir os azarados que partem uma perna um dia antes da prova iniciar.

Armados de todo o tipo de argumentos dirigimo-nos ao local de entrega dos dorsais preparados para a guerra….

Logo assim que entrámos fomos desarmados pela simpatia com que fomos recebidos pelo segurança, que inclusive costumam ser os mais obtusos, logo ali, ao observar as muletas foi sugerido que estaríamos ali para trocar a inscrição… e pronto fomos recebidos por um responsável que nos indicou logo um balcão para que fosse efectuada a troca, fomos bem atendidos, foi rápido e ainda houve uma t-shirt a mais para a pobre inválida que não poderia atravessar o Tejo.

Apesar de contentes não deixamos de nos sentir um pouco envergonhados com o tudo o que estávamos a pensar, talvez porque a maior parte das vezes não somos bem atendidos ou quem tem o poder de alterar as coisas muita das vezes demonstra muita pouca flexibilidade para aquilo que foge um pouco à “normalidade” enfim, ponto para eles.

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